A representação social de greve e seus impactos nos movimentos grevistas dos técnico-administrativos em educação na Universidade Federal de Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Renato Braz Albertino lattes
Orientador(a): Ferreira, Victor Cláudio Paradela lattes
Banca de defesa: Lima Júnior, José Humberto Viana lattes, Castro, Maria Cristina Drumond e lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado profissional em Administração Pública (Andifes)
Departamento: Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8061
Resumo: Esta dissertação foi desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal de Juiz de Fora e buscou compreender como a representação social de greve dos funcionários da UFJF tem impactado o movimento grevista. As greves no setor público são fenômenos polêmicos, podendo ser consideradas como causadoras de transtornos à sociedade ou como um direito inalienável. É possível verificar na instituição a vivência de greves quase todos os anos, tendo algumas uma longa duração. A pesquisa procurou compreender os conceitos e as percepções relacionadas aos movimentos grevistas. Para tanto, apoiou-se na Teoria das Representações Sociais, que se revela promissora para a obtenção de um entendimento mais profundo dos fenômenos sociais. Identificou-se a representação das greves sob a perspectiva dos Técnico-administrativos em Educação, que constituem o pessoal não docente da universidade. Foi utilizada a técnica de evocação de palavras para a coleta de dados. A pesquisa revelou que a representação social das greves comporta, significativamente, a ideia de conotação positiva luta por direitos, demonstrando que os servidores as compreendem como movimentos reivindicatórios. Contudo, ao mesmo tempo, envolvem relevantes conotações negativas, como a transformação em uma simples oportunidade de folga por parte dos servidores, além dos prejuízos naturalmente causados à comunidade acadêmica devido à descontinuidade dos serviços prestados em função da paralisação das atividades laborativas. Os principais problemas identificados referem-se à carência de diálogo e interação entre os servidores e à falta de informações adequadas dos mesmos acerca das questões que envolvem as greves. Como possível estratégia de ação, sugere-se, especialmente, a promoção do diálogo e interação entre os funcionários, por meio da criação de ambientes de discussão das questões concernentes às relações de trabalho de maneira institucionalizada pela administração da UFJF. Também se recomenda o fornecimento de informações adequadas aos servidores e ainda a adoção de ações de formação pessoal e profissional, relacionadas à conscientização, treinamento e desenvolvimento dos mesmos. Tais ações podem ser implementadas tanto pela administração da universidade como pelo sindicato representativo da categoria.