Associação dos sintomas do trato urinário inferior com a variabilidade da frequência cardíaca e componentes da aptidão física em homens normotensos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Brum, Christiano Silva lattes
Orientador(a): Figueiredo, André Avarese de lattes
Banca de defesa: Lopes, Humberto Elias lattes, Lima, Jorge Roberto Perrout de lattes, Ferreira, Ruiter Silva lattes, Silva, José Ailton Fernandes lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8767
Resumo: Introdução: os sintomas do trato urinário inferior têm alta prevalência, prejudicam a qualidade de vida. Compartilham a aptidão física inadequada como fator de risco para alterações autonômicas, síndrome metabólica e doença cardiovascular. Tais associações possibilitam ações preventivas e terapêuticas. Não encontramos na literatura pesquisa que avaliou a associação dos sintomas do trato urinário inferior com a variabilidade da frequência cardíaca e variáveis da aptidão física em homens normotensos sem relato de doenças crônicas. Objetivo: avaliar a associação dos sintomas do trato urinário inferior com a variabilidade da frequência cardíaca e a aptidão física em homens normotensos. Métodos: Foi realizado estudo caso-controle com 89 homens sendo 34 no grupo caso com sintomas do trato urinário inferior e 55 no controle sem sintomas do trato urinário inferior. Os grupos foram comparados em relação ao nível de atividade física, medidas antropométricas, flexibilidade, ao consumo máximo de oxigênio (VO2max) e variabilidade da frequência cardíaca. Resultados: os pacientes com sintomas do trato urinário inferior apresentaram menor nível de atividade física (OR = 0,20; IC95% = 0,08 a 0,49; p < 0,001), menor VO2max (OR = 0,07; IC95% = 0,08 a 0,49; p < 0,001) e menor flexibilidade (OR = 0,31; IC95% = 0,11 a 0,83; p = 0,015). Com relação à variabilidade da frequência cardíaca, o índice de frequência muito baixa do grupo caso apresentou valor estatisticamente menor (p = 0,032). Entretanto, na análise multivariada, apenas o VO2max (OR = 0,12; IC95% = 0,03 a 0,39; p = 0,001) e o nível de atividade física (OR= 0,26 (IC95% = 0,19 a 0,70; p = 0,007) mantiveram a associação estatística com os sintomas do trato urinário inferior. Conclusões: homens com sintomas do trato urinário inferior apresentam diminuição dos valores do componente espectral de muito baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca. Homens com o VO2max igual ou superior a 33 ml.kg.min-1, têm 88% menos chance de desenvolverem sintomas do trato urinário inferior e aqueles com o nível de atividade física igual ou superior a 150 minutos por semana tem 74% menos chance de ter sintomas do trato urinário inferior.