Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Anne Bastos Martins
 |
Orientador(a): |
Alvares, Luis Fernando Hor-Meyll
 |
Banca de defesa: |
Rocha, Angela Maria Cavalcanti da
,
Motta, Paulo Cesar de Mendonca
,
Siqueira, Euler David de
,
Mayer, Verônica Feder
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio De Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
-
|
Departamento: |
-
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7141
|
Resumo: |
O turismo de favela é uma modalidade que vem se expandindo com celeridade no mundo. Entretanto, poucas pesquisas foram conduzidas sobre o tema, em especial em relação à percepção do morador local que, na maioria das vezes, está distante dos processos de operacionalização e de venda do turismo em seu local de moradia. Trata-se, também, de prática baseada na assimetria de poder nas relações entre visitantes, visitados e agentes externos que exploram o turismo de favela. Estereótipos desfavoráveis cruzam-se no desenrolar do turismo de favela, que ocorre em local e em grupo social que são historicamente estigmatizados. O objetivo desse estudo é identificar se tais aspectos influenciam a percepção e o comportamento de moradores locais em relação ao turismo de favela. Quarenta e oito entrevistas, e observação sistematizada, foram conduzidas, entre setembro de 2015 e julho de 2016, nas favelas da Rocinha e Santa Marta, no Rio de Janeiro. Essas comunidades foram escolhidas porque que nelas o turismo de favela assume formatos diferentes. A análise, baseada em hermenêutica revelou que, em ambas as favelas, os moradores mostraram-se favoráveis ao turismo, mas com ressalvas em relação à sua exploração por agentes externos. Os relatos não sugeriram haver, por parte dos moradores, sentimentos de inferioridade nos encontros sociais com os turistas, a maioria de estrangeiros. Entretanto, na Rocinha, a maior parte dos entrevistados mostrou ressentimentos ao se sentirem invadidos e explorados por empresas de turismo estranhas à favela, confessando ter vergonha e inconformismo pela maneira como tais empresas procuram apresentar aos turistas muitos aspectos negativos, relacionados a estigmas de miséria e pobreza, mostrando deliberadamente a sujeira de valões de esgoto, a pobreza de moradores, emaranhados de fios de ligações clandestinas à rede elétrica e moradias precárias, assim desqualificando o local e seus moradores. |