O patrimônio católico entre o movimento litúrgico e o novus ordo missæ: estudo de casos em Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Pablo Pinheiro da lattes
Orientador(a): Olender, Marcos lattes
Banca de defesa: Abdalla, José Gustavo Francis lattes, Kühl, Beatriz Mugayar lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Engenharia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4049
Resumo: A proteção do patrimônio edificado relaciona-se à necessidade de intervenções arquitetônicas que possibilitem que as edificações atendam às novas necessidades que aparecem com o decorrer do tempo. No caso das igrejas católicas, sua proteção está condicionada às alterações significativas que liturgia sofreu no Século XX, e que podem ser classificadas em torno de quatro eventos principais: (1) o Movimento Litúrgico (década de 1910 em diante), que repensou o papel do leigo na estrutura da liturgia; (2) o Concílio Vaticano II (1962 a 1965), que reorganizou uma série de aspectos na vida da Igreja; (3) a promulgação do Missal reformado (1969); (4) a recepção do magistério conciliar e do novo rito, ocorrida ora em “continuidade”, ora em “ruptura” com o passado. Cada um desses eventos propôs questões que, simbólica ou funcionalmente, não tinham correspondência com a espacialidade das igrejas de então, ainda herdeiras do Concílio de Trento no Século XVI. Disso tudo decorreu uma série de intervenções em igrejas de interesse cultural (não apenas no Brasil), com muitas perdas para o patrimônio. Decorridos cinquenta anos do encerramento do Concílio, cabe reavaliar quais são as intervenções necessárias que aliam preservação e possibilidade de celebração do rito reformado e, dentre as igrejas que passaram por modificações deletérias, quais intervenções restaurativas devem ser propostas agora. O presente estudo visa a mostrar que esse debate, que até o momento vem ocorrendo de forma esparsa, é relevante e deveria ter continuidade, envolvendo não apenas os segmentos tradicionalmente envolvidos nas questões patrimoniais, mas também setores da própria Igreja. Ao fim, é analisado como essas questões aparecem em intervenções de duas igrejas localizadas na cidade mineira de Juiz de Fora, ambas do período eclético e de importância para a cidade: a reforma do presbitério da Igreja de Nossa Senhora da Glória e as intervenções, em curso, na Catedral Metropolitana.