Etograma básico, ecologia termal e dimorfismo sexual de Tropidurus itambere Rodrigues, 1987 (Squamata: Tropiduridae) em uma área de campo rupestre no sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nunes, Juliana Vaz e lattes
Orientador(a): Sousa, Bernadete Maria de lattes
Banca de defesa: Kiefer, Mara Cíntia lattes, Moulton, Timothy Peter lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4448
Resumo: Este estudo teve como objetivo elaborar um etograma básico para indivíduos adultos de Tropidurus itambere, através de observações realizadas em ambiente natural e em ambientes artificiais e estudar a ecologia termal e o dimorfismo sexual dos indivíduos, em dezembro de 2006 e entre fevereiro e novembro de 2007. As observações dos comportamentos foram realizadas pelo método do animal focal e scan, totalizando 285 horas de registros. Nos ambientes artificiais os lagartos foram observados em cinco situações: (1) indivíduo sozinho; (2) 1 macho + 1 macho; (3) 1 macho + 1 fêmea (4) 2 machos + 1 fêmea (5) 1 fêmea + 1 fêmea. Os comportamentos exibidos pelos indivíduos cativos foram similares àqueles observados em campo. Foram registrados 78 atos comportamentais distribuídos em nove categorias funcionais. Os comportamentos movimentação vertical da cabeça (head bob) e lamber o substrato foram os atos comportamentais mais freqüentes exibidos pela espécie e parecem atuar juntos como sinais de reconhecimento, visual e químico, da área. A temperatura corpórea média de atividade de T. itambere foi de 32,08 ± 3,36ºC, com uma amplitude de 20,30 a 37,90ºC e apresentou variação sazonal. As temperaturas dos microhábitats (substrato e ar) influenciaram a temperatura corpórea dos lagartos sendo que na estação chuvosa a temperatura do ar explicou melhor a temperatura dos lagartos e, na estação seca, a temperatura do substrato explicou melhor a temperatura dos indivíduos. As análises mostraram uma diferença significativa no tamanho e forma do corpo e massa corpórea entre os sexos, com os machos sendo mais pesados e maiores, apresentando as medidas de todas as variáveis morfométricas significativamente maiores do que as medidas das fêmeas, com exceção da largura do abdômen cuja média das fêmeas foi maior do que a dos machos, porém essa diferença não foi significativa. A análise discriminante selecionou o tamanho da cabeça (RCT) como a variável que melhor explicou as diferenças entre os sexos, tendo classificado corretamente 89,5% dos indivíduos.