Pobres “de bem”, pobres “marginais”: a relação estabelecidos e outsiders nas classes populares do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vicente, Eliana lattes
Orientador(a): Fernandes, Dmitri Cerboncini lattes
Banca de defesa: Conde, Eduardo Antônio Salomão lattes, Neubert, Luiz Flávio lattes, Mattos, Patrícia Castro lattes, Bertoncelo, Edison Ricardo Emiliano lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9772
Resumo: Neste trabalho investigo a sociabilidade das classes populares das periferias da cidade do Rio de Janeiro com a intenção de entender o modo pelo qual essas pessoas, que se identificam como trabalhadores, se imaginam em relação às outras duas camadas sociais com as quais elas mais se relacionam: por um lado, com outros marginalizados, e, por outro, com a classe média. O objetivo foi procurar apreender a eventual possibilidade de busca de distinção social e reconhecimento desses atores e os mecanismos utilizados por eles para este fim. A partir dos resultados desta pesquisa, busquei também entender quais as necessidades emocionais e os valores morais que sustentam e reproduzem essa determinada dinâmica relacional. Para tanto, baseio-me na ideia de que os mecanismos e as estruturas que aprofundam e perpetuam as desigualdades são intransparentes e ocultos para todas as pessoas e, principalmente, para aqueles dotados de menos recursos materiais e simbólicos, tais quais as classes populares no Brasil. Baseio-me, ainda, na ideia de que todos os grupos sociais estão inseridos em uma dinâmica relacional, na qual cada grupo luta por diferenciais de poder que definem o acesso aos recursos econômicos e simbólicos.