Dos registros paroquiais de terras de Santo Antônio do Paraibuna aos “senhores e possuidores” do distrito rural de São Francisco de Paula (1850-1880)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Morais Júnior, Eduardo Barbosa de lattes
Orientador(a): Mattos, Hebe lattes
Banca de defesa: Lamas, Fernando Gaudereto lattes, Freire, Jonis lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
RPT
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00030
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12600
Resumo: No Brasil Imperial, a segunda metade do oitocentos foi marcada por inovações jurídicas, especialmente no que diz respeito ao acesso à terra e à escravidão. A presente dissertação teve como norte os Registros Paroquiais de Terras (RPT) do município de Santo Antônio do Paraibuna, produzidos entre 1855-1856, fonte primária de valor histórico ainda pouco explorado, que surgiu como um desdobramento da regulamentação da Lei de Terras de 1850, através do decreto nº 1318 de 30 de janeiro de 1854. No mesmo ano em que foram promulgadas as novidades legais, a Vila de Santo Antônio do Paraibuna - MG fora emancipada do termo de Barbacena - MG, autonomia institucional conquistada pela crescente importância econômica e social que a localidade atingia devido ao aumento exponencial das lavouras de café, com base no trabalho escravo africano. Desse modo, tomou-se como recorte os RPT de Santo Antônio do Paraibuna, entrecruzando as informações contidas na fonte, estabelecendo hipóteses, constantes e singularidades em relação à província mineira. Tal exercício levou a pesquisa ao distrito rural de São Francisco de Paula, onde foram perseguidas as trajetórias de alguns personagens históricos que emergiram dos RPT como proprietários de terras. Através da análise documental de “senhores e possuidores” que por ali viveram, foi possível captar – em fontes como inventários, testamentos, processos cíveis, criminais, além dos censos populacionais e listas nominativas produzidas entre 1830 e 1872 – fragmentos sobre atividades produtivas, conflitos por terras e estratégias proprietárias.