Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Assis, Andrêssa Silvino Ferreira
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Orientador(a): |
Silva, Maria Luzia da Rosa e
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Banca de defesa: |
Drumond, Betânia Paiva
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10188
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Resumo: |
A descarga contínua de esgoto doméstico, in natura, nos mananciais aquáticos constitui um importante risco à saúde pública, já que as fezes humanas podem conter patógenos entéricos que contaminam e são disseminados pela água. É importante conhecer a qualidade microbiológica da água utilizada pela população, porém, os parâmetros avaliados para exposição humana a águas naturais, incluem apenas indicadores bacteriológicos, desconsiderando a presença de vírus. Assim, este estudo teve como objetivos verificar a presença de rotavírus do grupo A (RV-A) nas águas superficiais da bacia hidrográfica do Córrego São Pedro (BHCSP), bem como avaliar a eficiência das técnicas de detecção utilizadas e a influência da área e da época da coleta e dos parâmetros microbiológicos e físico-químicos de qualidade da água, na presença dos mesmos. No período de julho de 2011 a maio de 2012, foram realizadas seis coletas (três na época seca e três na época úmida), nas quais amostras de águas de superfície da BHCSP, foram tomadas em oito pontos georreferenciados (quatro em área não urbanizada e quatro em área urbanizada) totalizando 48 amostras. Parâmetros físico-químicos e microbiológicos de qualidade da água foram determinados em todas as coletas, nas águas de todos os pontos. As amostras de água foram concentradas pelo método de adsorção-eluição em membrana com carga negativa e os concentrados obtidos, submetidos à PCR qualitativa e quantitativa. RV-A foram detectados em 62,5% (30/48) das amostras testadas, com carga viral variando de 4,74 X102 a 6,36 x104 cópias de genoma/L. A técnica de PCR em tempo real foi a mais sensível na detecção do vírus (p=0001). As análises estatísticas mostraram que houve influência da área de coleta, tanto na detecção de RV-A (p <0,001), quanto na carga viral (p <0,001), indicando uma maior probabilidade de encontrar amostras positivas, com carga mais elevada, na área urbanizada da bacia, onde há vários pontos de descarga de esgoto bruto. Não houve influência da época de coleta na detecção (p = 0,371) e na carga viral (p = 0,297). A presença de RV-A foi observada em 50,0% (11/22) das amostras consideradas dentro do limite estabelecido para coliforme termotolerante em água doce de classe 1 e 2, comprovando que este padrão, não garante a ausência de RV-A. Foram observadas associações significativas entre a presença de RVA e a turbidez (p = 0,005), o teor de nitrogênio amoniacal (p <0,001) e o teor de fósforo (p <0,001). Observou-se, ainda, uma correlação positiva e fraca entre a carga de RV-A e os parametros salinidade (r = 0,024 p = 0,325) e temperatura da água (p = 0,027, r = 0,320). Os dados obtidos indicam que o padrão microbiológico, oficialmente utilizado para determinar a qualidade da água, não garante a ausência de patógenos virais, sendo necessário se estabelecer um sistema de vigilância ambiental de vírus entéricos em águas de superfície, de modo a aumentar a segurança da utilização deste recurso, para as diversas finalidades. |