Competência em terapia cognitivo-comportamental: propriedades psicométricas de uma medida e seu uso em estágio supervisionado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Gabriela de Andrade lattes
Orientador(a): Barbosa, Altemir José Gonçalves lattes
Banca de defesa: Sartes, Laisa Marcorela Andreoli lattes, Baptista, Makilim Nunes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6912
Resumo: O expressivo crescimento do número de terapeutas cognitivo-comportamentais contrasta com a reduzida preocupação sobre os processos de formação mais efetivos e sobre as melhores estratégias de avaliação de competência de terapeutas iniciantes e já experientes. Assim, foram conduzidos três estudos sobre formação e competência em terapias cognitivo-comportamentais. O primeiro teve como objetivo descrever o estado da arte sobre a formação de terapeutas cognitivo-comportamentais. Os temas das publicações, as estratégias formativas e as medidas de competência empregadas em artigos indexados pela PsycNET e publicados entre 2011 e 2016 foram analisados. Observou-se que a produção científica analisada (N=24) pode ser considerada reduzida e que os artigos tratam de cinco temas: Modalidades de Formação, Preparação para Atuação em Quadros Específicos, Preparação para Atuação com Clientes Específicos, Desenvolvimento Pessoal do Terapeuta e Preparação para o Domínio de Técnicas ou Modelos Específicos. As estratégias de formação que têm sido mais utilizadas são formação expandida e supervisão. A avaliação de competência comumente ocorre pelo exame da prática do terapeuta. Como não foram encontradas medidas válidas e fidedignas para esse fim no Brasil e dada a necessidade de se definir como e quais competências serão desenvolvidas durante as formações, o objetivo do segundo estudo foi apresentar o processo de tradução e adaptação da Cognitive Therapy Scale Revised (CTS-R) e a análise de suas propriedades psicométricas. Após obter uma versão brasileira da CTS-R com base em diretrizes internacionais de tradução e adaptação de medidas, terapeutas experientes realizaram avaliações de sessões de terapia gravadas em vídeo com o instrumento e estagiários foram avaliados durante a supervisão clínica por seus supervisores e também se autoavaliaram. Foram obtidas evidências de validade segundo a estrutura interna e evidências de validade baseada nas relações com variáveis externas, assim como estimativas de fidedignidade a partir de consistência interna e de confiabilidade interexaminadores. Como essa medida mostrou-se adequada, foi utilizada para avaliar o desenvolvimento de competências de terapeutas-estagiários. Objetivou-se também analisar a aplicabilidade desse instrumento para autoavaliação. Houve aumento significativo de competência ao longo do treinamento e, tanto na autoavaliação quanto na avaliação por supervisores, os estagiários tenderam a ser considerados competentes desde a primeira coleta. Logo, a versão brasileira da CTS-R parece uma medida válida e fidedigna também para autoavaliação por terapeutas iniciantes. Além de analisar as limitações desta pesquisa, especialmente aquelas referentes à validade externa, são discutidas, como considerações finais da dissertação, as possíveis contribuições dos estudos para o avanço da formação de terapeutas cognitivo-comportamentais no Brasil, ressaltando que ela deve ser baseada em evidência.