Influência de artefatos na identificação de gaps em restaurações indiretas avaliadas em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mauad, Letícia Queiroz lattes
Orientador(a): Devito, Karina Lopes lattes
Banca de defesa: Laxe, Laísa Araújo Cortines lattes, Dantas, Janaina Araújo lattes, Sotto-Maior, Bruno Salles lattes, Ferreira, Luciano Ambrósio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11557
Resumo: Em casos de reabilitação oral onde há grande perda de tecido dentário, coroas indiretas são indicadas e seu sucesso clínico depende de uma boa adaptação do material restaurador. Não existe uma ferramenta padrão para avaliar a adaptação marginal de restaurações, sendo indicado o exame clínico e radiográfico. Atualmente, imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) são destacadas por permitir uma avaliação tridimensional com alta precisão. Porém, na presença de materiais de alta densidade há formação de artefatos. O objetivo no presente estudo foi avaliar a quantidade de artefatos gerados por diferentes materiais restauradores, bem como determinar a acurácia dos exames de TCFC e das radiografias periapicais na identificação de gaps marginais. Para isso, uma mandíbula contendo dentes restaurados com coroas metalocerâmicas e cerâmica pura, adequadamente adaptadas e com gaps de 0,30 e 0,50 mm, foram submetidas a exames de TCFC (com voxel de 0,25 e 0,30 mm) e radiografias periapicais. Os artefatos gerados pelas diferentes coroas foram quantificados e comparados pelo teste de MannWhitney. Além disso, cinco examinadores avaliaram a presença ou ausência de gaps nos diferentes exames por imagem. A acurácia dos exames testados foi determinada pela área sob a curva ROC e sua comparação foi realizada por meio do teste de Kruskal-Wallis. Os resultados demonstraram que não houve diferença significativa nos valores de artefatos entre os diferentes materiais restauradores e as diferentes resoluções das imagens de TCFC. Em relação à acurácia dos exames testados, a radiografia periapical e a TCFC com voxel de 0,25 mm, apresentaram o melhor desempenho para os gaps de menores dimensões (0,30 mm). Para gaps maiores (0,50 mm), todos os exames testados mostraram a mesma performance. Pode-se concluir que a radiografia periapical ainda apresenta o melhor custo-benefício para o diagnóstico de desadaptações em restaurações dentárias. Mas, apesar da TCFC obtida com voxel de 0,25 mm não ser o exame de primeira escolha para o diagnóstico de gaps, se o paciente já tiver essas imagens por outras indicações, ela poderia ser utilizada para avaliação de possíveis desadaptações marginais.