O Brasil entre as grandes potências: a diplomacia presidencial de Arthur Bernardes na Liga das Nações (1919-1926)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campos, Filipe Queiroz de lattes
Orientador(a): Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro lattes
Banca de defesa: Christofoletti, Rodrigo, Correia, Sílvia Adriana Barbosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10248
Resumo: A Liga das Nações foi, até o momento de sua criação, a mais elaborada tentativa de organizar pacificamente as relações internacionais. Após a Primeira Guerra Mundial, a diplomacia secreta desenvolvida pelos países europeus foi considerada um dos elementos que mais contribuíra para a generalização dos conflitos de 1914. A partir da década de 1920, portanto, houve uma tentativa de mudar o funcionamento do equilíbrio de poder no mundo, por meio de uma organização que desse publicidade a todos os acordos internacionais, bem como incluísse todas as nações nos debates sobre os assuntos mais importantes do mundo. Nesse momento, os governos brasileiros dos presidentes Epitácio Pessoa (1919-1922) e Arthur Bernardes (1922- 1926) desenvolveram o projeto de fazer do Brasil um membro permanente não apenas da Liga das Nações, mas também de seu Conselho, um órgão responsável pelas mais importantes decisões da instituição. O governo Bernardes, porém, transformou esse projeto em uma iniciativa para modernizar o Brasil, inserindo-o nas relações internacionais a qualquer preço. Bernardes desenvolveu uma política ousada: assegurar o lugar permanente nesse Conselho para o Brasil; estratégia tão ousada que o Brasil vetou a entrada da própria Alemanha na Liga, em busca de garantir a posição permanente. Sem lograr êxito, Bernardes retirou o Brasil da Liga, causando desgaste nas relações diplomáticas entre os membros do órgão. A historiografia, porém, é pouco clara sobre as razões para esse veto e para a estratégia política brasileira então adotada. Vem-se apontando a própria personalidade intempestiva do presidente, bem como a busca por prestígio político como motivos. Este trabalho propõe, porém, novas fontes, novos personagens e novas perspectivas de pesquisa sobre essa temática. Este estudo sobre a diplomacia brasileira na Liga das Nações na década de 1920 pode esclarecer não apenas a respeito das decisões de Bernardes, mas também sobre a própria relação entre presidente e seus diplomatas.