Manejo do estigma de profissionais de serviços de saúde em relação às pessoas que usam drogas: desenvolvimento de uma intervenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tostes, Joanna Gonçalves de Andrade lattes
Orientador(a): Ronzani, Telmo Mota lattes
Banca de defesa: Corradi-Webster, Clarissa Mendonça lattes, Schneider, Daniela Ribeiro lattes, Grincenkov, Fabiane Rossi dos Santos lattes, Lourenço, Lélio Moura lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12115
Resumo: O estigma em relação às pessoas que usam drogas é um fenômeno que influencia negativamente os resultados em saúde. Embora seja bem documentado, é preocupante a sua ampla constatação também entre profissionais de serviços de saúde. A presente tese teve como objetivo central o desenvolvimento de uma intervenção para manejar o estigma de profissionais de serviços de saúde em relação às pessoas que usam drogas. O processo de desenvolvimento resultou em três trabalhos: (1) o primeiro, teórico-conceitual a partir de uma revisão narrativa, apresentou as principais definições na área do estigma, as consequências negativas no contexto do uso de drogas e demais cuidados em saúde. Destacou o quanto a adoção de perspectivas moralizantes afastam as pessoas que usam drogas dos tratamentos e apontou para a necessidade de investir em estratégias baseadas em evidências; (2) o segundo, uma revisão sistemática de literatura baseada no protocolo PRISMA, identificou e avaliou estudos que realizaram intervenções para a redução do estigma em relação às pessoas que usam drogas.Os resultados mostraram a diversidade entre os estudos e limitações metodológicas, não havendo evidências suficientemente fortes para inferir efetividade. Ressaltou a necessidade de investir em abordagens distintas das adotadas tradicionalmente; (3) o terceiro, uma descrição detalhada do processo de desenvolvimento da intervenção, resultou na “abertura da caixa preta” dos componentes ativos propostos e a sua apresentação com base no guia TIDieR. A avaliação preliminar por juízes especialistas demonstrou que muitas atividades propostas cobriram os componentes ativos de modo altamente acurado e adequado à população-alvo. Estudos futuros poderão investigar a efetividade do protocolo de intervenção nos serviços de saúde. Espera-se o fortalecimento das políticas públicas sobre drogas pautadas nos direitos humanos e a melhora da qualidade dos cuidados fornecidos às pessoas que usam drogas nos serviços de saúde.