Influência do treinamento aeróbico, realizado durante as sessões de hemodiálise, sobre a capacidade funcional e a pressão arterial de portadores de doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Henrique, Diane Michela Nery lattes
Orientador(a): Paula, Rogério Baumgratz de lattes
Banca de defesa: Serra, Salvador Manoel lattes, Barral, Marselha Marques lattes, Pinheiro, Hélady Sanders lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5503
Resumo: Na população geral, a prática regular de exercícios físicos se associa à melhora da capacidade funcional e à redução de eventos cardiovasculares. Por outro lado, em portadores de doença renal crônica, uma população que apresenta significativo comprometimento da capacidade funcional, alta prevalência de hipertensão arterial e elevadas taxas de mortalidade cardiovascular, poucos são os estudos que avaliam o efeito da atividade física na capacidade funcional e no controle da hipertensão arterial. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do treinamento aeróbico, realizado durante as sessões de hemodiálise, sobre a capacidade funcional e sobre a pressão arterial de pacientes renais crônicos. Foram avaliados 14 indivíduos portadores de doença renal crônica sob tratamento hemodialítico, antes e depois de 12 semanas de treinamento aeróbico realizado em cicloergômetro de membros inferiores, durante as sessões de hemodiálise. Constatou-se que dentre os pacientes, quatro eram homens e 10 eram mulheres, com média de idade de 47,6 ± 12,79 anos, cinco eram brancos e nove eram negros e que o tempo de hemodiálise variou de 93,7 ± 43,90 meses. Os pacientes foram submetidos à monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas, ao teste de caminhada de 6 minutos e ao teste cardiopulmonar de exercício tanto antes como depois do período de treinamento (p < 0,05). Após o período de treinamento aeróbico, observou-se aumento da distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos de 509 ± 91,9 m para 555 ± 105,8 m (p < 0,001), além de redução da pressão arterial sistólica de 151 ± 18,4 mm Hg para 143 ± 14,7 mm Hg (p = 0,08), pressão arterial diastólica de 94 ± 10,5 mm Hg para 91 ± 9,6 mm Hg (p = 0,05), pressão arterial média de 114 ± 13,0 mm Hg para 109 ± 11,4 mm Hg (p = 0,07), pressão arterial sistólica no sono de 150 ± 23,9 mm Hg para 140 ± 19,3 mm Hg (p = 0,02), pressão arterial diastólica no sono de 93 ± 15,3 mm Hg para 88 ± 14,3 mm Hg (p = 0,01), pressão arterial média no sono de 112 ± 18,0 mm Hg para 106 ± 16,1 mm Hg (p = 0,04). O valor de pico de consumo de oxigênio no primeiro e segundo limiar ventilatório aumentou de 20,6 ± 6,92 mUkg.m-1 para 21,2 ± 10,13 milkg.m-1 (p = 0,45) no pré e pós-treinamento aeróbico. Nas variáveis laboratoriais a hemoglobina aumentou de 10,8 ± 1,20 g/dL para 11,6 ± 11,6 g/dL (p = 0,04), o hematócrito aumentou de 32,8 ± 3,57% para 35,2 ± 2,76 (p = 0,03) e os triglicérides aumentou de 96,6 ± 35,17 mg/dL para 127,0 ± 54,56 (p = 0,04) no pré e pós-treinamento aeróbico. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o treinamento aeróbico realizado durante as sessões de hemodiálise contribuiu para a melhora da capacidade funcional e para o melhor controle da hipertensão arterial de pacientes portadores de doença renal crônica.