Modulação e organização do forrageamento em Acromyrmex subterraneus molestans santschi 1925

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Laila Fieto lattes
Orientador(a): Santos, Juliane Floriano Lopes lattes
Banca de defesa: Forti, Luiz Carlos lattes, Ribeiro, Pedro Leite lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1327
Resumo: As formigas cortadeiras possuem a particularidade do cultivo de um fungo, com o qual mantêm uma relação simbionte. Seu forrageamento abrange estratégias selecionadas para obtenção dos nutrientes necessários ao crescimento do fungo, desenvolvimento da prole e consequentemente, da colônia. Para buscar e retornar com o recurso ao ninho, operárias percorrem trilhas físicas com diferentes características e apresentam sofisticada e marcante divisão de trabalho. Desta forma, o sucesso da colônia está intimamente relacionado à eficiência da casta responsável pelo forrageamento. Por conseguinte, espera-se que as forrageiras apresentem um sistema organizado e eficiente performance na coleta e transporte de material vegetal. Sendo assim, foi investigado se há ajuste da carga transportada por operárias de Acromyrmex subterraneus molestans frente a alterações físicas impostas na trilha física, bem como se há manutenção da performance. Em outro experimento, manipulações demográficas foram realizadas com o intuito de analisar se forrageiras exibem flexibilidade ou resiliência comportamental na execução da sua tarefa. Operárias demonstraram ser hábeis em ajustar a carga transportada frente a dificuldades impostas durante o deslocamento nas trilhas, ao mesmo tempo que mantiveram o balanço entre a carga e velocidade de locomoção, sendo estas variáveis negativamente correlacionadas. Ainda, a carga foi modulada em função do tempo decorrido após o recrutamento. Houve uma alteração na alocação de indivíduos das diferentes classes de tamanho em trilhas com diferentes características, o que pode ser entendido como efeito compensatório da redução da carga e da velocidade. No segundo experimento, os resultados sugerem a presença de um grupo de indivíduos responsável pelo forrageamento, representado pelas operárias elite. Na ausência destas formigas, outro grupo de operárias engajaram-se no forrageamento (operárias substitutas), indicando a ocorrência de flexibilidade comportamental nesta tarefa. Além disso, verificou-se a ocorrência de resiliência comportamental, onde as operárias elite reassumiram a tarefa de forrageamento e, as substitutas, deixaram de coletar folhas. Desta forma, colônias responderam a um estímulo externo de manipulação demográfica, ocorrendo uma resposta comportamental para a manutenção da eficiência no transporte de recurso para a colônia.