Prevalência de má oclusão e necessidade de tratamento ordotôntico em escolares de 12 anos de idade na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Almeida, Anderson Barbosa de lattes
Orientador(a): Leite, Isabel Cristina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Castro, Glória Fernanda Barbosa de Araújo lattes, Maciel, Sérgio Murta lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2560
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de má oclusão e de necessidade de tratamento ortodôntico em escolares de 12 anos de idade na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais e compará-la à necessidade percebida pelos responsáveis e crianças da amostra avaliando potenciais fatores sociodemográficos associados. A necessidade de tratamento foi avaliada através do Índice de Estética Dental (DAI) e do Componente Estético do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico IOTN-AC. Também foi avaliado o impacto estético subjetivo da má oclusão através da Escala Ortodôntica do Impacto Estético Subjetivo (OASISOrthodontics Aesthetic Subjective Impacte Score). O estudo foi realizado com 451 crianças de 12 anos de idade e 373 responsáveis. A análise estatística foi realizada utilizando o χ2 e o Teste Exato de Fischer e Regressão Logística Múltipla. De acordo com o DAI, a maioria dos escolares necessitam de algum tipo de terapia ortodôntica (65,6%). A necessidade obrigatória de tratamento, relacionada às más oclusões severas, foram diagnosticadas em 13,7% dos estudantes, enquanto o restante foi dividido em altamente desejável (19,1%) e tratamento eletivo (32,8%). A Avaliação da necessidade estética (IOTN-AC) foi observada em 19,7% dos escolares, sendo 12,6% para casos limítrofes e 7,1% para necessidade definida. O impacto estético subjetivo (OASIS) foi observado em 14,9% dos estudantes. O IOTN e o OASIS, embora tenham apresentado associação estatística com o DAI, mostraram valores significativamente diferentes (p<0,001). A necessidade de tratamento autopercebida pelas crianças (83,8%) e percebida pelos responsáveis (85,6%) foram, ambas, maiores que a necessidade normativa (DAI), e mostraram associação significante com a necessidade normativa (DAI), quando ajustada pela escolaridade dos responsáveis e nível socioeconômico (p = 0,023). As variáveis sexo (p=0,042), tipo de escola (p=0,002), sobressaliência maxilar maior ou igual a 4mm (p=0,037) e sorriso gengival maior ou igual a 4mm (p=0,008) associaram-se significativamente com o impacto estético subjetivo da má oclusão (OASIS). Concluiu-se que a maioria dos escolares avaliados apresentou necessidade de tratamento ortodôntico de acordo com critérios normativos e pela percepção dos próprios escolares e seus responsáveis. Porém, esta necessidade diminui substancialmente quando avaliada apenas por critérios normativos estéticos, o que evidencia a divergência entre os resultados obtidos por diferentes instrumentos.