Juiz de Fora e o “amigo do povo”: uma biografia de João Gonçalves Carriço
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00096 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15370 |
Resumo: | A tese é uma biografia de João Gonçalves Carriço (1886/1959), um artista de múltiplas camadas: pintor, cenógrafo, cartazista, fotógrafo, cineasta, exibidor e produtor cinematográfico. Carriço era proprietário do Cine-Theatro Popular e da Carriço Film, uma produtora de cinema responsável por registrar por mais de duas décadas (1933/1956) o cotidiano de Juiz de Fora. No cinema, permitia a entrada gratuita ou aplicava preços reduzidos - se auto intitulando “o amigo do povo”. Sua produção cinematográfica se caracteriza pela abordagem de temas políticos, práticas esportivas e festas religiosas, militares e populares, como o carnaval. Nas festas de rua, os populares que viviam à margem nos estratos inferiores se incorporavam a outras camadas da sociedade, ganhando espaço nos filmes de Carriço. Esses populares inseridos no ambiente urbano são o foco de análise da pesquisa, uma vez que testemunharam uma série de acontecimentos sediados no município e noticiados pelo cineasta. O material passava pela aprovação do Departamento de Imprensa e Propaganda e era exibido em todo país pela Distribuidora de Filmes Brasileiros. O volume produzido é representativo, fato que o insere como uma figura importante do cinema em Minas Gerais e no Brasil, principalmente, porque contribuiu para descentralizar a produção hegemônica do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Ao longo da vida, o juiz-forano construiu uma trajetória como intelectual mediador atuando, sobretudo, nas esferas política e social. Os filmes trazem materialidades sobre os conceitos nacionalistas, contribuindo para a construção da memória coletiva de um recorte temporal. O exercício historiográfico foi promover o visionamento de todos os cinejornais, um total de 125 filmes que perfazem 16 horas de materiais, além da observação de cerca de três mil fotos originais que compõem o acervo do juiz-forano. As análises documentais também incluem outras fontes historiográficas que revelam a grandiosidade do personagem e seu legado ainda pouco estudado por pesquisadores nacionais. |