Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mauad, Filipe de Oliveira
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Orientador(a): |
Marocolo Júnior, Moacir
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Banca de defesa: |
Oliveira, Rhaí André Arriel e
,
Vianna, Jeferson Macedo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16430
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Resumo: |
Apesar do alto desgaste físico de uma partida de futebol, é comum as equipes realizarem dois ou três jogos na mesma semana, os chamados calendários congestionados, período onde foram encontrados evidências de declínio no desempenho da agilidade, Sprint e na distância total percorrida dos jogadores. Uma intervenção não invasiva, rápida, de fácil aplicação e de baixo custo que poderia auxiliar no processo de recuperação desse desempenho é o pré- condicionamento isquêmico (IPC). A técnica já foi testada em diversos esportes e o uso do IPC gerou resultados positivos na melhora do desempenho e recuperação dos atletas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do uso da manobra de isquemia e perfusão previamente aplicados na recuperação precoce e tardia de uma partida de futebol. Vinte atletas da categoria sub-17 realizaram um jogo simulado com dois tempos de 45 minutos separados por 15 minutos de intervalo. Primeiramente a partida, os atletas foram submetidos a um de três intervenções: a) IPC [3 ciclos de 3 minutos de oclusão (pressão de 120 mmHg com acréscimo de 10 em 10 mmHg até alcançar a oclusão vascular) por 3 minutos de reperfusão (0 mmHg)]; b) placebo (idêntico ao IPC, mas com 20 mmHg durante a pseudoclusão); e c) controle (sem oclusão). Pré-jogo (baseline), 24, 48 e 72 horas após a partida de futebol, o desempenho do salto contra movimento (CMJ), Sprint de 30 m, teste de agilidade em “T” e as escalas perceptivas de dor muscular, recuperação, qualidade do sono e coloração da urina foram mensuradas. Houve efeito do tempo (p = 0,004) sobre o desempenho do CMJ, mas não houve efeito do grupo (p = 0,360) nem interação entre tempo e grupo (p = 0,092). No momento 24-h após a intervenção de recuperação, foi observada uma queda significativa no desempenho do CMJ para o grupo IPC, quando comparado ao baseline, o qual foi restabelecido 72-h após a intervenção. Por outro lado, nenhuma mudança significativa no grupo SHAM e controle foram observados ao longo do período de recuperação. Sobre o desempenho no sprint, houve efeito do tempo (p < 0,001), mas não houve efeito do grupo (p = 0,369) bem como interação entre tempo e grupo (p = 0,423). Após 72-h da intervenção de recuperação, foi encontrada uma melhora significativa no desempenho do sprint no grupo SHAM, quando comparado ao baseline. Por outro lado, nenhuma mudança significativa no grupo IPC e controle foram observadas ao longo do período de recuperação. Da mesma forma, foi encontrado um efeito do tempo (p < 0,01), mas não do grupo (p = 0,396) nem interação entre tempo e grupo (p = 0,642) sobre o desempenho da agilidade. No momento 24-h após a intervenção de recuperação, houve uma queda significativa do desempenho da agilidade no grupo SHAM e controle, quando comparado ao momento baseline, retornando para os valores de baseline 48-h após a intervenção. Por outro lado, nenhuma mudança significativa no grupo IPC foi observada ao longo do período de recuperação. A percepção de recuperação foi afetada 24-h após a intervenção de recuperação no grupo IPC, quando comparado ao momento baseline, retornando ao valor de baseline 48-h após. As demais variáveis não apresentaram diferenças significativas (p > 0,05) intra e entre grupos. Portanto, o IPC não demonstra ser uma estratégia eficaz para recuperação do desempenho após uma partida simulada de futebol. |