Colonização de Oligochaeta e outros macroinvertebrados durante a decomposição de Eichhornia azurea (SW.) Kunth (Pontederiaceae) e Salvinia auriculata Aubl. em um sistema lêntico na região tropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Martins, Renato Tavares lattes
Orientador(a): Alves, Roberto da Gama lattes
Banca de defesa: Takeda, Alice Michiyo lattes, Strixino, Susana Trivinho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2820
Resumo: O presente estudo foi composto por dois experimentos, o objetivo do primeiro deles verificar a colonização de Oligochaeta ao longo da decomposição da macrófita Eichhornia azurea (Sw.) Kunth, no segundo experimento, analisou-se a estrutura faunística dos macroinvertebrados no decorrer da decomposição de E. azurea e Salvinia auriculata Aubl. O experimento 1 foi dividido em dois períodos (1º período: setembro a novembro de 2007; 2º período: fevereiro a abril de 2008), em cada um deles, 21 sacos de náilon contendo 10 g de folhas de E. azurea, foram colocados no lago, e retirados após 2, 5,8, 12, 25, 45, e 65 dias. No experimento 2 (novembro de 2007 a fevereiro de 2008), foram utilizados 60 sacos de náilon, 30 deles com 10 g de folhas de E. azurea, e os demais contendo a mesma quantidade de folhas de S. auriculata. Após 30 minutos, 2, 4, 8, 12, 24, 36, 48, 60 e 72 dias os sacos foram retirados do lago. Em ambos os experimentos, após serem retirados do lago, os sacos foram levados ao laboratório, e o material remanescente fixado em formol 4%, lavado e triado, os organismos encontrados foram identificados e conservados em álcool 70%. No experimento 1, o maior coeficiente de decomposição (K) foi observado no primeiro período (K= 0,023 d-1 ) em relação ao segundo (K= 0,018 d-1 Palavras–Chave: Chironomidae, Lago dos Manacás, macrófitas, Naididae, relação carbono:nitrogênio ), no entanto, não houve diferença significativa. Observou-se o aumento da densidade e riqueza dos Oligochaeta ao longo do estudo em ambos os períodos. Naididae foi a família dominante, estes organismos por possuírem a capacidade de se locomover na coluna d'água próximo ao substrato, mostraram-se melhores colonizadores do que Enchytraeidae e Tubificidae. No experimento 2, ao final dos 72 dias, observou-se menor biomassa total de E. azurea (2,65 g MS) em relação à S. auriculata (5,10 g MS), sendo que na primeira macrófita registrou-se a diminuição da relação carbono: nitrogênio durante o estudo, enquanto que em S. auriculata não foi observada a diminuição desta razão. Chironomidae e Naididae foram as famílias com maiores densidades, representando mais de 95% da fauna em ambas as macrófitas. Os coletores foram o grupo funcional mais abundante em E. azurea e S. auriculata, confirmando a predominância destes organismos nas folhas em decomposição na região tropical.