Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Perrone, Ana Carolina Amaral de São José
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Orientador(a): |
Hallack Neto, Abrahão Elias
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Banca de defesa: |
Carvalho, Antônio Fernandes de
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Santos, Kelli Borges dos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10941
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Resumo: |
Os pacientes em regime de condicionamento para o transplante de células tronco hematopoéticas apresentam elevada incidência das formas mais graves da mucosite oral. O concentrado de proteínas do soro é composto por uma série de fatores de crescimento celular, dentre eles os fatores de crescimento transformador beta que compreende uma família de peptídeos do leite e contribuem para o reparo tecidual. A partir da hipótese de que a suplementação alimentar com concentrado de proteínas do soro teria o potencial de reduzir a mucosite oral, desenvolvemos um estudo prospectivo com pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas autólogo e alogênico no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora e no Hospital Monte Sinai, com diferentes protocolos de condicionamento. Os pacientes foram suplementados com uma dose diária de concentrado de proteínas do soro contendo 50% das necessidades diárias de proteína conforme Dietary Reference Intakes e classificados, posteriormente, quanto a quantidade de suplemento ingerida até mediana de início da mucosite oral. Os critérios do National Cancer Institute, versão 4.0, foram utilizados para a classificação dos eventos adversos ocorridos e para avaliação da mucosite oral, a partir da escala de toxicidade oral da Organização Mundial da Saúde. Um total de 73 pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas foram avaliados. Destes 43 faziam parte do controle histórico e 30 foram suplementados com concentrado de proteínas do soro. A mucosite oral teve duração média de 5,3 dias (DP: 4,5), variando entre o dia da infusão de células tronco até o 17º dia após infusão e mediana no 5º dia após infusão. O tempo de mucosite oral foi influenciado pelo protocolo de condicionamento (p < 0,01) e concentrado de proteínas do soro (p = 0,01). Os pacientes que consumiram o concentrado de proteínas do soro em quantidade igual ou superior a 40% das necessidades diárias de proteína apresentaram um período de duração da mucosite oral 35% menor (p = 0,007) e uma redução de 11% na incidência de mucosite oral em graus 3 e 4 (p = 0,004). O estado nutricional e as reações adversas como diarreia, náuseas e vômitos, disfagia, xerostomia e sialorreia não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Desta forma a ingestão de concentrado de proteínas do soro maior ou igual que 80% das dosagens do período (40% da necessidade diária de proteína), contribuiu para a redução da severidade e do tempo de duração da mucosite oral. Novos estudos nessa população são necessários no intuito de avaliar a forma de ação do suplemento. |