Avaliação do risco cardiovascular na síndrome metabólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Machado, Regina Coeli lattes
Orientador(a): Paula, Rogério Baumgratz de lattes
Banca de defesa: Barral, Marselha Marques lattes, Tavares, Edelweiss Fonseca lattes, Andrade, Luiz Carlos Ferreira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3897
Resumo: Avalia risco cardiovascular na síndrome metabólica. Não existe consenso sobre o escore mais apropriado para detecção do RCV nesta população. O objetivo é avaliar o risco de doença arterial coronariana (DAC) em indivíduos não diabéticos portadores de SM, com base em três diferentes escores. Foram avaliados trinta e nove indivíduos portadores de SM, por meio do Escore de Risco de Framingham (ERF), pelo ERF modificado pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Aterosclerose (ERF-mod) e pelo Prospective Cardiovascular Münster Study (PROCAM). Todos os indivíduos foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma de repouso, ecocardiograma, monitorização ambulatorial da pressão arterial, índice tibial-braquial (ITB) além de dosagens de glicose, creatinina, colesterol total, colesterol HDL, triglicérides e microalbuminúria. O LDL colesterol foi estimado pela fórmula de Friedwald. A média de idade foi de 4421,0 anos, com predomínio de mulheres (31/39). Seis (15,4%) indivíduos eram tabagistas e 21 (53,8%) eram hipertensos. O perfil lipídico mostrou níveis baixos de colesterol HDL em 35 (89,7%) dos casos e níveis elevados de triglicérides, colesterol total e colesterol LDL em 28 (71,8%), 19 (48,7%) e 15 (38,5%) dos casos, respectivamente. Microalbuminúria foi diagnosticada em 23 (59%) dos indivíduos, hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE) em três (7,7%) e doença vascular periférica em cinco (12,8%) pacientes. O risco estimado de DAC pelo ERF foi baixo (<10%) em 35 (89,7%) indivíduos e médio (10 a 20%) em quatro (10,3%), não sendo detectado alto risco em nenhum caso. Por outro lado, quando foram considerados fatores agravantes sugeridos pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Aterosclerose, o ERF-mod detectou cinco casos (12,8%) de baixo risco, 30 (76,9%) casos de médio risco e quatro (10,3%) de alto risco. Quando se aplicou o PROCAM, 29 (74,4%) indivíduos continuaram na faixa de baixo risco (<10%), sete (17,9%) apresentaram médio risco (10-20%) e três (7,7%), alto risco para doença coronariana em 10 anos. A utilização do ERF parece subestimar o RCV em portadores de SM não diabéticos. Por outro lado, a utilização do ERF-mod ou, alternativamente, do PROCAM parecem mais adequados para a estimativa do RCV nessa população.