Modelagem de nicho climático de Biomphalaria glabrata (Say, 1818), Biomphalaria straminea (Dunker, 1848) e Biomphalaria tenagophila (Orbigny, 1835) e análise cienciométrica da pesquisa sobre o gênero Biomphalaria Preston, 1910, no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Tayrine Fraga lattes
Orientador(a): Paula, Sthefane D’ávila de Oliveira e lattes
Banca de defesa: Ovando, Ximena Maria Constanza lattes, Rosa , Florence Mara lattes, Santos , Sônia Barbosa dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13560
Resumo: Os caramujos do gênero Biomphalaria (Gastropoda, Planorbidae) estão amplamente distribuídos no Brasil. Esses moluscos podem tolerar diferentes pressões ambientais, tornando- se difícil uma caracterização específica do seu nicho ecológico. A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo parasito Schistosoma mansoni. No Brasil, os hospedeiros intermediários naturais do S. mansoni são Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila. Alterações climáticas podem afetar o potencial epidemiológico da transmissão da esquistossomose e a previsão dos potenciais efeitos das mudanças climáticas globais sobre a distribuição dos hospedeiros intermediários é essencial para o planejamento de possíveis intervenções. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é verificar as áreas de adequabilidade para cada uma das três espécies, considerando dados de ocorrência obtidos para o território brasileiro. Os dados de ocorrência das espécies foram obtidos em banco de dados de biodiversidade, literatura científica, base de dados online e na coleção do Museu de Malacologia Prof. Maury Pinto de Oliveira. As variáveis bioclimáticas foram extraídas no banco de dados mundial WorldClim e para a modelagem de nicho climático, foi utilizado o algoritmo MaxEnt. Foi obtido o total de 857 registros de ocorrência, para as três espécies, com 46,6% dos dados descartados por falta de informação do local de coleta ou por serem animais criados em laboratório. Biomphalaria glabrata foi a espécie que apresentou maior número de registros (237), seguida por B. tenagophila (156) e B. straminea (114). Biomphalaria straminea foi, entre as três espécies, a que apresentou uma área maior de adequabilidade na costa brasileira. Para as três espécies, a camada de regiões hidrográficas foi a que mais contribuiu para o modelo. A partir dos modelos gerados para as três espécies é possível observar que as áreas de adequabilidade estão concentradas nas áreas mais urbanizadas, mostrando a necessidade de um olhar mais crítico para os grandes centros urbanos, intervenções do poder público e manejo adequado das espécies hospedeiras do S. mansoni.