Fatores que influenciam a associação em cooperativas de crédito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Morais, Gleice Santana lattes
Orientador(a): Sampaio, Danilo de Oliveira lattes
Banca de defesa: Santos, Gilmar José dos lattes, Sousa, Caissa Veloso e lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Administração
Departamento: Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7023
Resumo: Externamente as cooperativas de crédito possuem muitas similaridades com os bancos. No entanto há uma série de características, próprias da sua natureza organizacional, que as diferenciam das instituições financeiras bancárias. Dentre elas, tem-se a figura do cooperado, um “consumidor” diferenciado, que assume, simultaneamente, o papel de dono e usuário dos serviços prestados pela cooperativa. A singularidade do modelo de organização cooperativa, bem como a natureza híbrida do papel assumido pelos cooperados, despertam, para fins deste estudo, o interesse em compreender as dimensões do comportamento deste “consumidor- associado”. Nesse sentido, o objetivo geral deste estudo é: identificar os fatores que influenciam a associação em cooperativas de crédito. O referencial teórico desta pesquisa aborda dois campos do conhecimento: os aspectos relacionados ao cooperativismo de crédito e estudos sobre os fatores que influenciam a escolha por instituições financeiras. Para responder aos objetivos específicos, duas fases metodológicas foram desenvolvidas: fase qualitativa, cuja finalidade é responder o objetivo específico 1 (identificar, na perspectiva dos cooperados e dos gestores de cooperativas singular, central e confederação, as variáveis que influenciam a associação em cooperativas de crédito). Para isso, foram realizadas 14 entrevistas semiestruturadas com atores-chave, dentre eles: cooperados, gerentes de negócios, supervisor de produtos e diretor responsável pelo marketing de cooperativa singular, gerente da área de marketing de uma cooperativa central e de uma confederação de cooperativas. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. A segunda fase é de natureza quantitativa, sua finalidade é responder ao objetivo especifico 2 (identificar e mensurar os fatores que influenciam a associação em cooperativas de crédito). Para isso, foram aplicados 415 questionários em cooperados de três cooperativas. Os métodos utilizados na análise de dados foram a análise fatorial exploratória e mensuração do Alfa de Cronbach. A pesquisa identificou sete fatores que explicam 66,68% da variação total dos dados. Os fatores e seus respectivos alfas são: Atendimento e Confiabilidade (0,943), Preço (0,841), Diferenciais do Cooperativismo (0,846), Conveniência (0,856), Vantagens Relativas (0,862), Influencias Sociais (0,700), Produtos (0,498). Destaca-se a relevância do fator Diferenciais do Cooperativismo, que permite constatar que as características consideradas como intrínsecas às cooperativas, são motivadoras no processo de associação. Nota-se, também, que o fator Produtos não obteve um alfa satisfatório. Acredita-se que um dos gargalhos esteja relacionado à política de comunicação desse atributo, durante as entrevistas, os cooperados não se demonstraram seguros quanto ao conhecimento dos produtos ofertados pela cooperativa. Este estudo proporciona uma contribuição incremental à literatura de comportamento do consumidor, especialmente, no âmbito do cooperativismo financeiro. Quanto às implicações práticas, os resultados obtidos poderão ser incorporados na estratégia de marketing das cooperativas, especialmente, no âmbito do marketing comercial e institucional. Dentre as limitações do estudo, verifica-se que a amostra não contemplou municípios de portes distintos e cooperativas de sistemas diferentes. Como sugestão de pesquisas futuras, estudos comparativos entre cooperativas de crédito e bancos e perfis distintos de cooperados poderão ser realizados; validação do instrumento de coleta de dados (escala); dentre outras sugestões.