Esporos de espécies selecionadas de musgos (Bryophyta) de Minas Gerais: morfologia, ultraestrutura e aspectos ecológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rodrigues, Raquel Saar lattes
Orientador(a): Ponzo, Andréa Pereira Luizi lattes
Banca de defesa: Caldeira, Isabela Crespo lattes, Chedier, Luciana Moreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5400
Resumo: Os musgos, incluídos na divisão Bryophyta, são caracterizados pela criptogamia, ausência de vasos condutores e presença de gametófitos folhosos (fase de vida dominante), com filídios organizados espiraladamente. O padrão de ramificação do gametófito, em conjunto com a sua forma de crescimento, é chamado de forma de vida que, nos musgos, pode ser tapete, trama, dendróide, pendente, relva e almofada. O esporófito é formado por pé, seta e cápsula, sendo esta última, o local de produção dos esporos, unidades de dispersão das espécies, que apresentam parede celular formada por perina, exina e intina. Estudos em Palinologia de musgos, já elucidaram questões importantes acerca da esporogênese, germinação e morfologia dos esporos de muitas espécies, sendo alguns deles empregados em taxonomia. No entanto, dados que correlacionam características morfológicas dos esporos com as estratégias adaptativas das espécies ainda são raros. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi realizar o estudo palinológico de 19 espécies selecionadas de musgos que ocorrem no estado de Minas Gerais, e relacionar os dados palinológicos obtidos, com as estratégias adaptativas das espécies estudadas. Foram incluídas no conjunto amostral espécies acrocárpicas e pleurocárpicas, que ocorrem em diferentes substratos, e com formas de vida variadas. Para o estudo palinológico das espécies, os esporos foram observados sob microscópio de luz antes e após acetólise, momento em que foram realizadas as medidas padrão para estudos palinológicos, e microscópio eletrônico de varredura. Após as análises palinológicas e obtenção dos dados acerca das características adaptativas das espécies, as informações foram incluídas em uma matriz binária e, empregando-se o software PAST 15.2, foi realizada a análise de agrupamento (cluster) para verificar como as espécies se agrupam em função das características estudadas. Os resultados palinológicos demonstram a existência de três padrões distintos de ornamentação da perina: granulada formada por grânulos simples, granulada formada por grânulos compostos e baculada. A ornamentação observada nos esporos de Weissia controversa foi descrita pela primeira vez. A espécie Leptodontium viticulosoides apresentou esporos anisomórficos. As análises de agrupamento revelam uma relação entre espécies acrocárpicas, a ocupação do substrato cimento e a presença de uma parede espessa no esporoderma.