Palimpsesto Mediático:o lastro ibérico medieval n'O Auto da Compadecida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Laia, Evandro José Medeiros lattes
Orientador(a): Ribeiro, José Luiz lattes
Banca de defesa: Santana, Wedencley Alves lattes, Mungioli, Maria Cristina Palma lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4527
Resumo: O texto visa refletir sobre como as histórias da cultura popular ganharam forma no discurso televisual, construído de modo fragmentado, a partir de referências diversas, um palimpsesto. O foco principal é a tradição do pensamento em língua portuguesa, herança medieval ibérica trazida ao Brasil pelos colonizadores e que por motivos sociais e econômicos permanece mais visível no Nordeste brasileiro. Como recorte empírico utilizaremos a microssérie O auto da Compadecida, do diretor Guel Arraes, exibida em quatro capítulos, pela Rede Globo, em 1999. A história é baseada na peça homônima, escrita por Ariano Suassuna, em 1955, inspirado em folhetos da literatura de cordel. O objetivo é apontar as conjunções e as disjunções da obra em televisiva em relação ao texto seminal, e ainda entrever a herança cultural incluída na microssérie, a partir do conceito de transluciferação e de eras imaginárias. Para completar este estudo das mediações sociais lançamos mão de outras duas adaptações do Auto para o cinema: A Compadecida, de 1969, e Os trapalhões no auto da Compadecida, de 1987. Como não é possível tratar da cultura sem falar na mediação técnica pela qual ela se constrói, através da qual se difunde e na qual é reproduzida, a linguagem dos meios teatro, cinema e televisão, e suas características, também representa interesse para a nossa pesquisa. Por isso usamos a Mediologia como base, método que divide as mediações em três tempos, ou mediasferas: a logosfera, a grafosfera e a videosfera, que na nossa visão devem corresponder, respectivamente, ao teatro, ao cinema e à televisão.