Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Morando, Eunice Maria Godinho
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Orientador(a): |
Ferreira , Maria Elisa Caputo
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Banca de defesa: |
Hauck Filho, Nelson
,
Morgado, Fabiane Frota da Rocha
,
Lourenço, Lélio Moura
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Mármora, Cláudia Helena Cerqueira
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12122
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Resumo: |
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e a memória muito sensível aos efeitos do envelhecer. O deficit cognitivo acarreta importantes implicações na autonomia, na independência e na qualidade de vida de idosos. Este estudo teve origem na observação da pesquisadora,que detectou um grande número de queixas de memória (QM) relativas à memória de curto prazo (MCP), nos atendimentos por demanda espontânea, em seu trabalho como psicóloga,em um centro de convivência de idosos, em Juiz de Fora, MG. Objetivo: Oobjetivo geral desta pesquisa foi testar os efeitos de um Programa de Treino de Memória de Curto Prazo na melhoria deste tipo de memória em idosos saudáveis. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, longitudinal, quase experimental, com uma amostra de 94 idosos, entre 60 e 90 anos, eidade média de 70,3, DP de ± 7,3. Foi realizada uma intervenção, nos anos de 2018 e 2019, em 3 níveis: Grupo Experimental (GE = 33), Treino da Memória de Curto Prazo; Grupo Controle Ativo (GCA = 28), Treino com Atividades Socializadoras; Grupo Controle Passivo (GCP= 33), sem treinoalgum. Incluiu pré-teste, treino, pós-teste, comparando-se os dados dos 3 grupos. Os instrumentos usados para a coleta de dados foram: Questionário Sociodemográfico; MAC-Q; WAIS/extensão de dígitos, ordens direta e inversa; TEPIC-M; Corsi, ordens direta e inversa; Trilhas, partes A e B; Stroop, WHOQOL-Bref, analisados pelo software estatístico IBM SPSS, 20.0, com nível de significância de 5% (p < 0,05). Os resultados foram apresentados como média ± desvio-padrão (variáveis quantitativas) e frequência absoluta e relativa (%) (variáveis qualitativas). Para testar as diferenças dos grupos, utilizou-se a ANOVA one-way(variáveis quantitativas) e o teste Qui-Quadrado (χ²) (variáveis qualitativas). Para avaliar o efeito do programa de treino na memória de curto prazo, utilizou-se a ANOVA 3 x 2 de medidas repetidas. Os pressupostos de normalidade dos dados foram avaliados pelo teste Kolmogorov-Smirnov, a esfericidade da matriz de variância-covariância pelo teste de Mauchly e o pressuposto de igualdade das variâncias pelo Teste de Levene. A análise da estatística F foi feita com o Traço de Pillai e usado o fator de correção Épsilon de Huynh-Feldt, quando violado o pressuposto de esfericidade. Resultados: A interação grupo medida apresentou significância estatística no MAC-Q e WAIS. No MAC-Q, oefeito Medida F = 21,50, p < 0,0001 e a interação grupo medida F = 3,762, p = 0,03 apresentaram significância estatística e confirmaram H1, que supõe a redução das QM dos participantes do GE em relação aos do GCA e GCP e H2,que supõe a redução das QM do GCA em relação ao GCP. No WAIS,oefeito Medida F = 5,661, p < 0,02 e a interação grupo medida F = 5,732, p = 0,01mostraramsignificância estatística e confirmaramH3, que supõe o aumento dos escores dos testes de MCP e de atenção do GE em comparação aos escores do GCA e GCP,e H4, que supõe o aumento dos escores dos testes de MCP e de atenção dos participantes do GCA em comparação àqueles doGCP. A análise da melhora relativa das QM mostrou diferenças significativas nos grupos (F2,91 = 3,282; p = 0,04), comparando pré e pós-treino. Também o efeito grupo,mostrando melhor desempenho em 4 das 5 medidas cognitivas (WAIS, TEPIC-M, Trilhas, Stroop) no pós-treino, confirmaram H3. Foi observada correlação negativa entre idade e Corsi, com significância estatística. Conclusão: O treino cognitivo surtiu efeitos benéficos, sendo uma estratégia importante para preservar a memória e a funcionalidade de idosos e os efeitos observados sugerem plasticidade cerebral na velhice.A associação do estado psicológico com maiores queixas e pior avaliação da memória indicou desconforto e ansiedade pela insatisfação |