Validade preditiva de instrumentos de avaliação de equilíbrio e mobilidade funcional para quedas em idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Silva, Laura Bianca Dorásio da lattes
Orientador(a): Oliveira, Cristino Carneiro lattes
Banca de defesa: Malaguti, Carla lattes, Jesus, Luciana Angélica da Silva de lattes, Silva, Laura Bianca Dorásio da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18227
Resumo: Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica com altas taxas de morbidade e mortalidade. As exacerbações e hospitalizações frequentes em pacientes com DPOC podem agravar a mobilidade funcional e o equilíbrio postural, aumentando o risco de quedas. Apesar de haver diversos testes de equilíbrio amplamente utilizados, a validação preditiva desses instrumentos especificamente em pacientes com DPOC hospitalizados ainda é limitada. Objetivo: Explorar a validade preditiva de instrumentos de avaliação clínica de equilíbrio e mobilidade funcional, na predição de quedas em um período de seis meses após a alta hospitalar de pacientes com DPOC. Metodologia: Estudo de coorte prospectivo em pacientes com DPOC hospitalizados. A avaliação incluiu testes de equilíbrio e mobilidade funcional, incluindo o Brief Balance Evaluation Systems Test (Brief-BESTest), o teste de apoio unipodal, o Timed Up and Go (TUG), o teste de velocidade da marcha de 4 metros, características clínicas e função pulmonar antes da alta hospitalar. O risco de quedas foi acompanhado prospectivamente por meio de um calendário de quedas e ligações mensais durante seis meses. As análises estatísticas incluíram técnicas de regressão multivariada para avaliar a capacidade preditiva dos testes e sua relação com fatores como idade, tempo de internação e número de comorbidades. Resultados: A amostra incluiu 23 pacientes DPOC hospitalizados, com idade 71,6±7,2 anos, VEF1 52,5 ± 22,1% pred). Durante o acompanhamento, a incidência de quedas foi de 13% da amostra, indicando baixa prevalência prospectiva, apesar do histórico de quedas em 21,7% dos participantes. Dos testes avaliados, o TUG foi o único a apresentar associação significativa com o risco de quedas, TUG associado ao tempo de internação (p = 0,014) e à idade (p = 0,023). Os demais instrumentos, não demonstraram predição significativa de quedas. Conclusão: O TUG é uma ferramenta preditiva para quedas em pacientes com DPOC hospitalizados, especialmente em relação a alterações na mobilidade funcional. Os demais instrumentos avaliados apresentaram limitações nesse contexto. O estudo reforça a necessidade de avaliação precoce do equilíbrio no ambiente hospitalar e propõe o uso do TUG como ferramenta clínica.