Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barros, Marisa Aparecida Loures de Araújo
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Orientador(a): |
Faria, Alexandre Graça
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Banca de defesa: |
Carrizo, Silvina Liliana
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Carvalho, Luiz Fernando Medeiros de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15845
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Resumo: |
Nesta dissertação, traço um estudo de Malala Yousafzai enquanto personagem de empoderamento feminino, construído deliberadamente em sua autobiografia — Eu sou Malala (2013) — e no livro-reportagem infantojuvenil — Malala, a menina que queria ir para a escola (2015) —,de Adriana Carranca. Minha pesquisa revela que essa mulher paquistanesa, muçulmana e não branca precisou desafiar a subalternidade para conseguir ser o personagem de influência que ela representa no mundo. Além disso, concluo que, a despeito de teorias conspiratórias que acusam a filha de Toor Pekai e Ziauddin Yousafzai de estar a serviço do Ocidente e contra sua cultura, o jornalismo subjetivo de Carranca foi determinante para evidenciar que ela continua viva nas memórias das meninas de sua terra natal. Ao lançar mão de elementos da ficção, sem abrir mão do compromisso com a verdade, a jornalista ressignifica sua produção jornalística, bem como humaniza a protagonista de sua narrativa e, consequentemente, aproxima-a do leitor. No meu percurso de escrita, apresento o país em que Malala nasceu, a fim de entendermos a complexidade existente em uma sociedade onde a religião dita os costumes. Portanto, ao se fazer interpretações equivocadas do Alcorão, a mulher é subjugada. Demonstro como a violência praticada por grupos fundamentalistas, como o Talibã, só fez piorar a repressão contra o sujeito feminino. Reflito acerca da velha arrogância do Ocidente em relação ao Oriente e que é responsável pela imagem que construímos dos muçulmanos. Apresento o feminismo islâmico, com o qual acredito que a ativista se identifica. Discuto a respeito da importância da escrita de si como forma de se fazer existir publicamente. E exponho também os esforços de estudiosos na discussão a respeito da memória. Como referencial teórico, evoco nomes como Edward W. Said, Pierre Bourdieu, Maurice Halbwachs, Jacques Le Goff, Erving Goffman, Gayatri Chakravorty Spivak, Homi K. Bhabha, Silviano Santiago, Antonio Candido, Valdecila Cruz Lima, Margareth Rago, Fabiana Moraes, Eliane Brum, dentre outros. |