Tratamento térmico em bases de bráquetes monocristalinos silicatizados e silanizados: efeito na adesão ao esmalte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Emília Adriane lattes
Orientador(a): Reskalla, Hélcio Nagib José Feres lattes
Banca de defesa: Queiroz, José Renato Cavalcanti de lattes, Pereira, Marília Nalon lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2056
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento térmico na adesão de bráquetes monocristalinos silanizados após processo de silicatização. O estudo foi autorizado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Juiz de Fora, parecer número 161/2010. Sessenta bráquetes de alumina monocristalina (Pure®, Orthotechnology, Tampa, FL, EUA) e sessenta dentes pré-molares superiores recém extraídos com finalidade ortodôntica foram randomicamente divididos em três grupos (n=20) de acordo com a estratégia de tratamento das superfícies adesivas: G1- sem tratamento (grupo controle); G2- jateamento com partículas de alumina revestidas por sílica-30 µm Cojet (3M ESPE, Irvine, CA, EUA) + aplicação do silano Monobond S (Ivoclar Vivadent, Shaan, Liechtenstein); e G3- jateamento com Cojet seguido de silanização e tratamento térmico da superfície com jato de ar (Secador Taiff Compacto Turbo, 6000W, São Paulo, SP) à 100ºC±1, a 1 cm por 60 s. Após os tratamentos de superfície, os bráquetes foram colados aos dentes com o adesivo ortodôntico Transbond XT Light Cure Adhesive (3M ESPE, Irvine, CA, EUA). Os espécimes foram armazenados em estufa com água destilada a 37ºC por 100 dias. Durante este período, metade dos espécimes de cada grupo foi submetida à termociclagem (-T) (6000 ciclos, 5ºC±1 e 55ºC±1) com banhos alternados de 30 s. Com o auxílio de uma máquina universal para ensaios mecânicos (EMIC - DL 1000, São José dos Pinhais, Paraná, Brasil – F.O. Unesp, São José dos Campos, SP) e um dispositivo tipo faca, os grupos foram submetidos ao ensaio de resistência adesiva ao cisalhamento (1mm/min) até que ocorresse o descolamento dos bráquetes. As superfícies fraturadas foram observadas sob microscopia óptica (30×) para categorização dos tipos de falha e determinação do índice de remanescente adesivo (IRA). Doze amostras representativas (n=2) foram também observadas em microscopia eletrônica de varredura. Os resultados foram submetidos à análise estatística ANOVA (2-fatores) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey com nível de significância em 5% para ambos os testes. Para os resultados de resistência adesiva, o teste ANOVA revelou significância estatística para a interação dos fatores tratamento de superfície e termociclagem (p= 0,013) e para o tratamento de superfície (p= 0,0). O fator termociclagem não influenciou estatisticamente os resultados (p = 0,6974). As maiores e menores médias de resistência adesiva com o desvio padrão foram encontradas respectivamente em G3-T (27,59 ± 6,4 MPa) e G2-T (8,45 ± 6,7 MPa). Na análise da superfície após o ensaio, foi constatada a fratura de esmalte e/ou dentina em dezesseis espécimes. Com exceção do grupo G2, todos os outros apresentaram fratura de estrutura dentária. O modo de falha tipo misto e IRA = 1 (49,12%) foram os mais frequentes. Conclui-se que o tratamento térmico das superfícies silanizadas após o jateamento com partículas de alumina revestidas por sílica produziu valores de resistência adesiva similares aos valores encontrados no grupo controle.