Fatores associados à pior qualidade de vida e o elevado consumo de alimentos ultraprocessados em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Patricia Morais de lattes
Orientador(a): Mendes, Ana Paula Carlos Cândido lattes
Banca de defesa: Sartorelli, Daniela Saes lattes, Faria, Eliane Rodrigues de lattes, Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes lattes, Silva, Renata Maria Souza Oliveira e lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11394
Resumo: O estudo teve o objetivo de avaliar os fatores associados à pior qualidade de vida e o elevado consumo de alimentos ultraprocessados em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2. Realizou-se pesquisa de delineamento transversal com 158 indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 de ambos os sexos, idade maior ou igual a 20 anos, acompanhados pelo ambulatório de um hospital de referência na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. A pesquisa foi realizada no período de novembro de 2017 a novembro de 2018 com a coleta de dados clínicos, socioeconômicos, antropometria, consumo alimentar, nível de conhecimento sobre o diabetes, adesão às práticas de autocuidado e qualidade de vida. Destaca-se como resultados principais o predomínio do sexo feminino (65,8%) com mediana de idade de 61 anos (32 – 80 anos), prevalência de baixa adesão ao autocuidado (87,3%) apesar de 70,9% dos participantes terem apresentado conhecimento adequado sobre a doença e 56,3% melhor qualidade de vida. Através da análise de regressão logística múltipla hierarquizada verificou-se o estado civil como fator distal fortemente associado à qualidade de vida (OR=2,81; IC95% 1,31-6,03; p = 0,008), além da idade (OR= 0,92; IC95% 0,88 – 0,96; p<0,000), a presença de comorbidades (OR= 0,27; IC95% 0,08 – 0,91; p = 0,035) e o consumo de alimentos in natura (OR= 0,99; IC95% 0,99 – 1,00; p =0,045). O elevado consumo de alimentos ultraprocessados associou-se com a presença de comorbidades além do diabetes (OR=5,05; IC95% 1,14-22,34; p = 0,033), o consumo calórico total (OR=1,003; IC95% 1,002-1,004; p <0,001) e a quantidade de fibra alimentar ingerida (OR= 0,89; IC95% 0,84-0,95; p < 0,001). Em conclusão, indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 que possuem apoio familiar, idade mais avançada e presença de comorbidades, além do maior consumo de alimentos in natura apresentam menores chances de ter pior qualidade de vida. Torna-se necessário acompanhar as práticas alimentares destas pessoas visando a melhora na qualidade da alimentação, através da promoção do consumo de alimentos in natura e minimamente processados em detrimento dos ultraprocessados.