Dilma Rousseff, a trajetória de uma mulher política: a primeira presidenta nas capas de O Globo (2011-2016)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes
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Departamento: |
IAD – Instituto de Artes e Design
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00105 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13091 |
Resumo: | O presente trabalho busca apreender como o jornal O Globo construiu e desconstruiu, a partir da narrativa imagética fotojornalística, a imagem pública da presidenta Dilma Rousseff no exercício da presidência da República no período de 2011 a 2016. Para tanto, fez-se necessário compreender como sua trajetória de vida influenciou diretamente na construção de sua imagem pública tanto pela imprensa, quanto pelo marketing político e por grupos organizados opositores à narrativa histórica da Ditadura Civil Militar (1964-1985). Nesse sentido, buscou-se apreender como a representação da mulher politicamente perigosa, a guerrilheira, foi atualizada pelo periódico, grupos opositores, e posteriormente ressignificada pelo marketing político. Para atender aos ditames do marketing político, Dilma Rousseff submeteu-se a procedimentos estéticos para tornar-se adequada à disputa eleitoral. Dessa maneira, investigou-se também como Rousseff suavizou sua imagem e aderiu ao guarda-roupa do poder, adotando ternos femininos que historicamente têm sua origem no vestuário alternativo do século XIX, adotado por sufragistas e feministas. A pesquisa abrange um recorte temporal amplo, pois que a representação imagética feminina é um constructo social e histórico de longa duração em que muitos estereótipos e estigmas são também perenizados em uma rede discursiva imagética. Os dados foram aferidos tanto nas características que a imprensa atribuía a Rousseff, quanto nas fotografias que fotojornalistas produziram que legitimavam essa narrativa. Eles, os dados, compõem uma análise histórico-semiótica das séries fotográficas identificadas e analisadas em que se identifica como o jornal, O Globo, narrou, em suas capas, a primeira mulher brasileira eleita a ocupar o cargo de presidenta no espaço secularmente masculino da política nacional. |