Infecções sexualmente transmissíveis: uma análise sobre o conhecimento dos alunos do ensino médio de uma escola pública do Vale do Rio Doce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Viana, Luana Angélica Sousa lattes
Orientador(a): Ribeiro, Heder José lattes
Banca de defesa: Barbosa, Simone de Pinho lattes, Assis, Fernanda Henriques Lyra de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional - PROFBIO
Departamento: ICV - Instituto de Ciências da Vida
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11477
Resumo: No mundo todo a sexualidade faz parte do dia a dia das pessoas, nos cuidados com o corpo e nas questões relativas a afetividade. Deste modo, torna-se parte imprescindível do currículo escolar, a sensibilização da importância de conhecer o corpo para se ter uma vida saudável e atuar prevenindo doenças e gravidez indesejadas. O objetivo do presente estudo é avaliar o conhecimento de escolares do ensino médio quanto ao tema sexualidade em uma escola pública do Vale do Rio Doce, Minas Gerais e sugerir ações de melhorias no processo de ensino-aprendizagem através de uma proposta de capacitação para professores, intermediando uma ação social no âmbito escolar, sobretudo permitindo acesso à informações das IST´s. O estudo foi dividido em levantamento de dados, tratamento dos números obtidos, e proposta de capacitação. Participaram de forma voluntária 116 estudantes de ensino médio que cursam do 1º ao 3º ano, sendo 63 do sexo feminino e 53 do sexo masculino, 54,3% se autodeclaram de cor parda, possuem idade entre 15 e 18 anos, predominantemente solteiros e 44,8% cursando 3º ano. Os alunos responderam um questionário de perguntas objetivas, no intuito de validar as informações construídas. Os resultados demonstraram que 99% moram com a família, incluindo pais, mães, irmãos e outros parentes. Em 63,2% das casas o pai é responsável pela maior parte da renda familiar, e 65,5% dos jovens não trabalham, 25% trabalham, mas não são independentes, 7,8% são independentes financeiramente e 1,7% são responsáveis pelo sustento família. Tratando da abertura ao diálogo dos temas relacionados a sexualidade, 15% consideram a família fechada ao diálogo, 40% nem fechado nem aberto, 28% aberta, quanto a qualidade do diálogo entendem como muito ruim 5%, ruim 14%, nem bom nem ruim 41%, bom 33% e muito bom 7%. Maior parte dos jovens (93%) já participaram de atividades que promovam educação sexual, seja ela palestra, curso, seminário ou aulas, 78% destas aconteceram na escola. Questionados das fontes de informações sobre sexualidade utilizadas, foram citadas colegas/amigos por 36,8% dos jovens como sempre usados, seguido pelo parceiro sexual 31,9%. Dentre as fontes às vezes utilizadas os professores estão em 1º lugar, considerados por 62,3%, seguido por internet/redes sociais 57,7% dos jovens. Fontes nunca utilizadas os líderes religiosos 92,1% e outros familiares 50,4%. Quanto aos pais chama a atenção, pois 34,8% dos jovens nunca consultaram os pais para receberem informações do tema. Sobre o risco de contrair uma IST, 15% dos jovens considera alto o risco de contaminação. Com a melhoria das propostas didáticas, espera-se esclarecimento da temática, mudanças de atitudes que favoreçam o bem-estar e a saúde das crianças, adolescentes e jovens, parte de uma sociedade liberal que se confronta com outra cheia de “tabus” e preconceitos, criando subsídios para fortalecer vínculos entre educador – aluno – família, tendo possibilidades de modificar o quadro social onde a sexualidade não é discutida.