Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Sylvia Miranda
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Orientador(a): |
Arreguy-Sena, Cristina
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Banca de defesa: |
Braga, Luciene Muniz
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Dutra, Hérica Silva
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Gomes, Antônio Marcos Tosoli
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Paiva, Elenir Pereira de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7123
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Resumo: |
Introdução: O número de pessoas em tratamento dialítico no Brasil em 2014 foi de 112.004 pessoas, das quais 91,4% estavam inseridas na modalidade por hemodiálise. Objetivo: compreender a percepção de pessoas em hemodiálise sobre a hemodiálise, o tratamento hemodialítico e o cuidado de enfermagem, e analisar as práticas laborais na perspectiva dos registros de enfermagem. Métodos e técnicas: Estudo de método misto delineado nas Representações Sociais (RSs) e em estudo seccional, alicerçados nas Teorias das Representações Sociais e de Betty Neuman, realizado em uma clínica nefrológica em Minas Gerais. Participaram pessoas em hemodiálise (critério censitário) e registros de enfermagem (dois momentos: critérios censitário e amostra aleatória). Dados foram coletados de julho/2017 a abril/2018, usando instrumentos parapessoas em hemodiálise (caracterização sociodemográfica, estudo seccional, e abordagem estrutural e processual usando técnica de associação livre de palavras e entrevista individual com gravação de áudio, respectivamente para coletar dados com pessoas em hemodiálise) e registros de enfermagem (local, aspectos legais e conteúdos). Dados coletados com o programa Open Data Kit (ODK) e consolidados nos programas SPSS, EVOC e Nvivo®. Atendidas as recomendações éticas e legais de pesquisa com seres humanos. Resultados:Participaram 143 pessoas: 60,8% mulheres, 42,7% entre 65 e 80 anos, 48,3% casados, 59,4% com 0 a 5 anos de estudo, 75,5% aposentados, e 49% com Hipertensão Arterial Sistêmica. A triangulação das abordagens estrutural, processual permitiram identificar que a hemodiálise foi retratada pelos participantes como uma situação “difícil” de ser vivenciada e a adaptação da rotina do tratamento emergiu como um “transtorno”. Entretanto o cognema “chance-esperança” surgiu como uma possibilidade de manutenção da vida e cura. A partir do termo indutor tratamento hemodialítico as pessoas em HD evocaram o “remédio-receita” e a “agulha-acesso-venoso” como objetos simbólicos consolidados pelo grupo. Em relação ao cuidado de enfermagem, os cognemas mencionados evidenciaram aspectos valorativos. A avaliação do cuidado que receberam foi positiva e as relações interpessoais significativas, sendo tais informações corroboradas por fragmentos de discursos dos participantes. Analisados871 registros (1ª etapa) e 184 (2ª etapa) realizados durante a hemodiálise na rotina abordando conteúdos assistenciais e procedimentos técnicos com ênfase nos domínios fisiológico, mental e funcional. Ausência de registro de diagnósticos e resultados de enfermagem e sem taxonomia padronizada. Identificados estressores intrapessoais, interpessoais e extrapessoais. Conclusão: O foco da documentação realizada pela enfermagem está centrada em procedimentos e aspectos fisiológicos do indivíduo, revelando traços do modelo biomédico e hospitalocêntrico. As abordagens estrutural e processual e o estudo seccional permitiram identificar respostas humanas nas quais há (im)explícitos estressores cuja analise à luz de Neuman possibilitou fazer um diagnóstico situacional e identificar a necessidade de redirecionar o foco dos registros e abordar terapeuticamente os estressores identificados favorecendo o enfrentamento da doença e o engajamento no tratamento. |