Os entrelugares da religião: teoria e epistemologia a partir de Mark C. Taylor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vasconcellos, Danilo Souza Mendes de lattes
Orientador(a): Pires, Frederico Pieper lattes
Banca de defesa: Gross, Eduardo lattes, Almeida, Edson Fernando de, Lemos, Carolina Teles, Ribeiro, Flavio Augusto Senra
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00026
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15483
Resumo: Esta tese diz respeito a como a teoria da religião implica novos modos de estudar a religião, a partir de Mark C. Taylor. Primeiramente, delineamos as lógicas internas de sua obra, apresentando como ele recepciona o pensamento da desconstrução na teologia e desenvolve uma lógica não binária de pensamento, fugindo às opções monistas e dualistas de relação. Em segundo lugar, demonstramos a teoria da religião de Taylor verificando como ela se conjuga com a obra do autor. Sua principal tese é de que a religião é mais interessante nos lugares em que ela é menos óbvia. Nesse ponto, avaliamos se sua proposta teórica, que articula desconstrução e complexidade, é adequada aos desafios que a religião na contemporaneidade nos impõe. Na terceira parte, uma encruzilhada. Fazemos um interlúdio, uma pausa para refletir, de um ponto de vista decolonial, sobre as escolhas e os silêncios culturais de Taylor. Aqui, propomos um exercício de aproximação entre teoria decolonial e religião afro-brasileira, apresentando alternativas ao pensamento eurocentrado. Em quarto lugar, verificamos as implicações epistemológicas da teoria da religião proposta por Taylor. Para tal, não pensamos somente nas análises culturais que o autor faz, mas no modo como ele as faz, o que chamamos de anarqueologia da religião. A partir dela, propomos novos caminhos para a ciência da religião no Brasil em nível epistemológico e institucional. Por fim, dedicamos o poslúdio a um exercício anarqueológico da religião sobre a tela A Bird Called Innocence de Samuel de Saboia, apresentando como o autor constrói um mundo amável diante de perdas irreparáveis.