O conceito de real em Lacan: de Das Ding ao objeto a

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gomes, Julia Araújo lattes
Orientador(a): Simanke, Richard Theisen lattes
Banca de defesa: Perez, Daniel Omar lattes, Chaves, Wilson Camilo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17480
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo principal estudar o conceito de real na teoria lacaniana, focando no ano em que o autor se dedica a aprofundar a elaboração deste conceito. Nossa análise partirá, portanto, do Seminário 7, nomeado A ética da Psicanálise de 1959–1960, onde o autor dedica-se a estudar sobre a questão da ética a partir do real da experiência psicanalítica. Apesar de o conceito aparecer em textos anteriores da obra de Lacan, é a partir desse seminário que o autor se dedica mais ao conceito real. Será estudada também a relação do conceito de real com a falta originária do sujeito a partir da noção de das Ding, também presente no Seminário 7, e do conceito de objeto a elaborado por Lacan no Seminário 10, A Angústia de 1962–1963. O real faz parte da tríade lacaniana R.S.I., assim, quando necessário, será feita sua articulação com os outros dois registros que a compõe, isto é, o simbólico e o imaginário. Para isso, serão utilizados autores primários e secundários que promovam uma discussão entre os conceitos supracitados. A partir de seu estudo sobre o real, Lacan apresentará que a ética da Psicanálise é o desejo do indivíduo com quem lidamos diariamente na prática analítica e que a angústia é um sinal do real, sinal este que nos é apontado a partir da relação do sujeito com o objeto de seu desejo. Posteriormente, o autor abordará sobre os objetos desejáveis pelo sujeito a partir do conceito inédito elaborado por ele, isto é, o objeto a, que será nomeado como o objeto do desejo.