Verbenaceae da Serra do Cipó: aspectos biossistemáticos, químicos e farmacológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Pâmela Souza lattes
Orientador(a): Viccini, Lyderson Facio lattes
Banca de defesa: Alves, Tânia Maria de Almeida lattes, Ottoni, Wagner Campos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10929
Resumo: A família Verbenaceae ocorre em praticamente todos os ecossistemas terrestres, sendo uma das cinco famílias mais importantes entre as eudicotiledôneas dos campos rupestres. A família apresenta, aproximadamente, 2600 espécies reunidas em 100 gêneros com distribuição pantropical, com poucas espécies ocorrendo nas regiões temperadas. Na Serra do Cipó são encontrados vários gêneros de Verbenaceae, destacando-se Aegiphila, Aloysia, Bouchea, Lippia, Lantana, Stachytarpheta, Verbena e Vitex. Apesar de alguns gêneros serem bastante estudados, pouco se conhece sobre as espécies brasileiras. O objetivo do presente trabalho foi aprofundar os estudos biossistemáticos de Aeghipila lhotzkiana, Aeghipila sellowiana, Aloysia virgata, Bouchea fluminensis, Lantana aff. fucata, Lantana fucata, Lippia aristata, Lippia aff. microphylla, Lippia martiana, Lippia salviifolia, Stachytarpheta gesnerioides, Stachytarpheta glabra, Stachytarpheta mexiae, Stachytarpheta procumbens, Stachytarpheta reticulata, Verbena litoralis e Vitex polygama ocorrentes na Serra do Cipó, através de técnicas citogenéticas, palinológicas e por citometria de fluxo (Capítulo 1). Considerando o imenso potencial medicinal atribuído a várias espécies do gênero, foram realizadas análises químicas, bem como ensaios biológicos, na busca por potenciais fontes de antioxidantes naturais (Capítulo 2). Para quinze espécies das dezessete estudadas, este constitui o primeiro relato na literatura sobre sua caracterização cromossômica. Os números cromossômicos variaram de 2n=24 a 2n=82. Adicionalmente, esse foi o primeiro relato da estimativa do conteúdo de DNA nuclear para todas as espécies em estudo, variando de 1,14 pg a 10,35 pg. As descrições polínicas foram também inéditas para quatorze espécies analisadas. A família Verbenaceae mostrou uma grande variação na estrutura da exina e na morfologia dos grãos de pólen. Os tamanhos variaram de P=20,59 µm / E=21,68 µm em a P=129,55 µm / E=93,55 µm. Este foi o primeiro estudo dos componentes voláteis para nove das espécies estudadas, sendo uma fonte importante para pesquisas posteriores envolvendo ensaios biológicos, uma vez que muitos dos componentes majoritários identificados possuem ação biológica comprovada. O estudo diferenciado de Stachytarpheta glabra conduziu à purificação, ao isolamento e identificação dos compostos ipolamiida, acteosídeo e fulvoipolamiida, descritos pela primeira vez para a espécie. A atividade antioxidante demonstrada pelos extratos etanólicos de Lippia e Lantana, provavelmente, deve-se à ação dos compostos fenólicos, principalmente aos flavonóides identificados na triagem fitoquímica.