Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Bertges, Filipe Soares
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Orientador(a): |
Alves, Maria Silvana
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Banca de defesa: |
Barth, Thiago
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Costa, Juliana de Carvalho da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9319
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Resumo: |
O uso tópico de antioxidantes tem sido reconhecido como uma estratégia promissora de fotoproteção e prevenção do fotoenvelhecimento e câncer de pele. Os grãos de café verde (Coffea arabica L.) contêm uma mistura complexa de compostos fenólicos com comprovada atividade antioxidante. No entanto, grande parte desses compostos provenientes café possuem elevada massa molecular, baixa lipofilicidade, e muitas vezes estão ligados quimicamente à moléculas de açúcares, o que limita a penetração cutânea. No presente estudo, foi realizada a fermentação do café verde por Aspergillus oryzae com o objetivo de biotransformar os compostos fenólicos em moléculas mais lipofílicas e com menor massa molecular visando a maior penetração desses compostos na epiderme. A atividade antioxidante dos extratos hidroetanólicos de café não biotransformado e biotransformado durante 24, 36 e 48 horas foi avaliada pelos métodos do 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH·) espectrofotométrico e em cromatografia de camada delgada (CCD). A quantificação de ácido clorogênico (5-ACQ), cafeína e ácido cafeico nos extratos foi realizada empregando-se a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A caracterização química dos diferentes extratos foi realizada por meio da técnica de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas com analisador quadrupolo-tempo de voo (CLUE-EM-Q-TOF). Os resultados das análises por CLAE, CCD e CLUE-EM-Q-TOF mostraram alterações quantitativas e qualitativas na composição química do café verde. Ficou evidenciada a quebra das ligações ésteres dos ácidos clorogênicos com consequente formação de ácidos quínico e cafeico no intervalo de 36 horas de fermentação em estado sólido, sem perda da atividade antioxidante. A biotransformação do café verde por A. oryzae se mostrou uma estratégia eficiente para promover alterações no perfil dos metabólitos secundários do café verde. Os resultados dos estudos de permeação e retenção in vitro mostraram que a cafeína foi o único composto capaz de permear e ficar retido na derme e na epiderme. A penetração da cafeína foi maior quando utilizada a formulação adicionada do extrato biotransformado em relação àquela acrescida do extrato não biotransformado. Os resultados obtidos reforçam a importância da realização dos estudos de penetração cutânea a fim de garantir a eficácia de formulações farmacêuticas e cosméticas. |