Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Eiras, Wagner da Cruz Seabra
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Orientador(a): |
Flôr, Cristhiane Carneiro Cunha
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Banca de defesa: |
Santos, Núbia Aparecida Schaper
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Lopes, Jader Janer Moreira
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Moreira, Ana Rosa Costa Picaço
,
Megid Neto, Jorge
,
Anastácio, Simone Aparecida Fernandes |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10004
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Resumo: |
As brincadeiras científicas investigativas (BCI) são atividades nas quais são explorados os princípios de funcionamento de brinquedos científicos, construídos com materiais de baixo custo e fácil aquisição, a fim de investigar fenômenos físicos na Educação em Ciências no Ensino Fundamental. Esta pesquisa tem por objetivo analisar e compreender a participação de crianças de uma turma do quinto ano do Ensino Fundamental (com idades entre 9 e 12 anos) em BCI realizadas em aulas de Ciências em uma Escola Pública Municipal em Juiz de Fora, MG. Foram elaboradas brincadeiras científicas investigativas (BCI) a fim de responder as questões que emergiram no desenvolvimento da pesquisa: Como se constitui o protagonismo autônomo das crianças nas BCI? Qual o resultado do protagonismo autônomo exercido pelas crianças nas BCI? Como incentivar as crianças a exercerem o protagonismo autônomo na Educação em Ciências? A pesquisa foi desenvolvida numa abordagem qualitativa, na perspectiva histórico-cultural, privilegiando a compreensão do sentido dos fenômenos sociais a partir da observação e da intervenção na realidade. Os dados foram obtidos a partir da imersão na turma investigada, inicialmente pela observação e, em seguida, pela realização de atividades de construção e de manipulação de brinquedos científicos. Foram feitas observações, in locus, conversas informais com as crianças e com a professora de Ciências da turma investigada, além de registros escritos e/ou desenhados pelas crianças e registros audiovisuais das atividades. A partir dos dados obtidos durante a imersão, foram definidos os termos protagonismo autônomo e protagonismo orientado, os quais posteriormente foram utilizados como categorias para a compreensão dos episódios selecionados para análise. Os resultados obtidos mostram que as BCI incentivam as crianças a exercerem o protagonismo autônomo nas atividades, por meio de ações autônomas de brincar, investigar, enunciar perguntas, hipóteses ou explicações inusitadas, de idealizar e construir coisas, e de socializar suas ideias com outras pessoas capacitando-as no enfrentamento de desafios. Este estudo também mostrou que as BCI potencializam a inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais, levando-as a exercerem o protagonismo autônomo nas atividades educativas. Com isso, evidenciamos a importância das BCI enquanto possibilidade de os professores de Ciências dos anos inicias do Ensino Fundamental promoverem atividades que incentivem o protagonismo autônomo das crianças, entendendo que assumir o papel principal de um acontecimento com autonomia e responsabilidade é fundamental na formação do cidadão contemporâneo. |