Bergson, a atenção e a educação: hábito, inteligência, intuição, criação e processos educacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Perissinotto, Pedro Gabriel lattes
Orientador(a): Pinto, Tarcísio Jorge Santos lattes
Banca de defesa: Amaral, Aimberê Guilherme Quintiliano Rocha do lattes, López, Maximiliano Valerio, Marques, Silene Torres lattes, Henriques, Fernando Meireles Monegalha
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17793
Resumo: Este trabalho, embasado na ideia de que existe um dinamismo entre as concepções que constitui o corpo da teoria bergsoniana, procura compreender, arrolar, concatenar, fundamentar e explicitar as formas que a atenção adquire na obra de Bergson e traçar algumas implicações desta compreensão para a educação de nossos dias. Desse modo, quer verificar se na ideia de atenção de Bergson existem elementos que a educação possa desenvolver como recursos que, ao menos, atenuem o problema da dispersão da atenção pelo educando e a sua consequente fragmentação perceptiva. O trabalho faz isso a partir de um levantamento da sistemática de como a ideia de atenção de Bergson se insere e opera entre as outras ideias que expressa nos textos que são mais importantes para essa discussão. Desse modo, à medida que procura demonstrar que a concepção de atenção em Bergson é dinâmica, e que consiste em um movimento de mudança que adquire uma forma diferente em cada uma das etapas do seu movimento, defende que ela não se restringe aos limites estritos da atividade do intelecto. No seu limite inferior, a atenção participa dos movimentos do corpo, como inclinação e como hábito. No seu limite superior, a atenção participa da duração (do movimento de sucessão das mudanças qualitativas dos nossos estados de consciência que se fundem, sem contornos definidos e sem possibilidade de medição), que constantemente cria o novo que sempre está vindo a ser, como intuição dessa criação. Ao tratar das implicações desta compreensão da atenção em Bergson para os processos educacionais, este trabalho procura demonstrar que, na relação com a educação, lhe abre uma dimensão em que é concebida como metafísica. Nesta concepção de educação, os conhecimentos que são propriamente desenvolvidos pelo educando constituem-se pela vida mesma dele, e as ações que realiza de si, os mecanismos motores que estabiliza como diferentes hábitos e as experiências que acumula por realizações artísticas são cruciais para a constituição da sua pessoa e para a educação da sua atenção, desenvolvendo constância e força de penetração na mesma. Por estas considerações, podemos ver a contribuição de Bergson para a compreensão do papel dos processos atencionais nos processos educacionais tanto na constituição do conhecimento quanto na formação do educando.