Função de membros superiores de indivíduos após hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva sob ventilação mecânica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
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Departamento: |
Faculdade de Fisioterapia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00354 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13728 |
Resumo: | Introdução: A perda funcional é uma complicação comum em indivíduos que foram hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e submetidos à ventilação mecânica (VM). Entretanto, a funcionalidade específica dos membros superiores (MMSS) é pouco estudada nesta população. Objetivos: Analisar a função de MMSS de indivíduos após a alta da UTI, após 6 meses e identificar os fatores associados a esta disfunção. Métodos: Estudo multicêntrico longitudinal prospectivo com indivíduos após hospitalização em UTI e submetidos à VM por mais de 48 horas, comparados com indivíduos saudáveis pareados por idade, sexo e índice socioeconômico. Foram mensurados, após a alta da UTI e aos seis meses após a alta, funcionalidade de MMSS (Teste Manual de Jebsen Taylor e Teste Nove Pinos nos Buracos), funcionalidade global (Índice de Barthel), força muscular (Medical Research Council e dinamometria manual) e qualidade de vida (Questionário EQ5D). Os dados estão apresentados como média ± desvio padrão (DP) e mediana (intervalo interquartil). As comparações entre o Grupo Controle e os Grupos UTI e UTI6M foram realizadas usando o teste t não pareado ou o teste de Mann-Whitney. O teste t pareado ou teste de Wilcoxon comparou os dados entre o Grupo UTI e o Grupo UTI6M. Uma análise de regressão linear multivariada foi realizada para definir os fatores associados à disfunção dos MMSS utilizando o tempo total do Teste de Jebsen Taylor como a variável dependente e como independentes, foram inseridas as variáveis idade, força muscular global, força de preensão palmar, porcentagem da força de preensão palmar prevista e tempo de uso de sedativos. Resultados: Foram incluídos 46 indivíduos (Grupo UTI) e 46 controles saudáveis (Grupo controle). No Grupo UTI, a média de idade foi de 48,2 ± 17,5 anos e 59% do sexo masculino. O tempo para a realização do teste de Jebsen Taylor após a alta teve uma mediana de 121 (86 – 165) s com melhora significante aos seis meses: 62 (54 – 81) s, porém significantemente inferiores ao Grupo Controle: 54 (49 – 61) s. O tempo para a realização do teste nove Pinos nos Buracos no pós-alta obteve uma mediana de 39 (33 – 59) s com melhora significante aos seis meses: 24 (21 – 27) s, porém diferentes do Grupo Controle: 21 (20 – 23) s. Houve redução da funcionalidade global, força muscular e qualidade de vida na avaliação pós-alta da UTI em relação 6 ao Grupo Controle. A idade e a força muscular global foram capazes de predizer 23,3% da disfunção de membro superior dominante na avaliação pós-alta da UTI. Para o membro superior não dominante a força muscular global foi capaz de explicar 23,6% da disfunção na alta da UTI. Não foram encontrados fatores associados à disfunção de MMSS aos seis meses. Conclusão: Indivíduos após a hospitalização em UTI e submetidos à VM apresentam diminuição da funcionalidade de MMSS, funcionalidade global, força muscular e qualidade de vida. Aos seis meses após a alta, ainda persistia a redução da funcionalidade de MMSS. A idade e a força muscular estiveram associadas à esta disfunção dos MMSS após a alta da UTI. |