Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos Neto, Ernani Francisco dos
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Orientador(a): |
Lages, Sônia Regina Corrêa
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Banca de defesa: |
Silveira, Emerson José Sena da
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Ribeiro, Claudio de Oliveira
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Lemos, Carolina Telles
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Banhato, Eliane Ferreira Carvalho
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16992
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Resumo: |
As transformações oriundas da modernidade causaram uma intensa mudança em várias esferas da vida social, trazendo consigo a necessidade de entendimento de novas realidades. Dentre essas mudanças, dois fenômenos se destacam: o primeiro é a transição demográfica e com ela o aumento da população de pessoas idosas. Nessa conjuntura, ganha visibilidade a velhice e, consequentemente, os antigos asilos hoje denominados ILPIs – Instituições de Longa Permanência para Idosos. No passado, estas instituições tinham em si um caráter religioso bem delineado. Com o avanço da ciência, da tecnologia e da expectativa de vida houve a necessidade de repensar os cuidados com a população idosa, principalmente no campo institucional asilar. O avanço do capitalismo e a emergência de novas formas de cuidado ao idoso deram a esta instituição secular uma nova roupagem. Uma variedade de técnicos, especialistas e serviços em saúde transformaram o antigo asilo em um novo lugar (casa, lar, pousada, hospital-dia, hotel, pensionato, clínicas) mais condizente com a modernidade. As ILPIs, além de serem vistas como espaços de assistência, tornaram-se, também, espaços de promoção à saúde e, portanto, híbridos. Frente ao aumento da população idosa, mediada pela quantidade de idosos a procura de instituições na modalidade asilar, as ILPIs abrem suas portas, permitindo e/ou patrocinando também a vivência do religioso em seu interior. Ao adotar novas formas de cuidados, elas buscam superar o então e ainda predominante estigma asilar e, como estratégia, disponibilizam um variado leque de serviços e profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, geriatras, gerontólogos, psicólogos entre outros. A prática religiosa é também uma dessas atividades oferecidas pela instituição e, como resultado, espera-se que haja uma presença de vertentes religiosas no espaço asilar. Acreditamos que esse novo panorama seja um reflexo do fenômeno pluralista, uma situação marcada pela coexistência de pessoas de diferentes etnias, cosmovisões e moralidades, coexistindo de forma amigável e pacífica numa mesma sociedade, e maior visibilidade de uma variedade de antigas e novas expressões religiosas. Outra possibilidade de entendimento é que essa oferta religiosa seja uma estratégia diante do crescente mercado das ILPIs em curso, configurando-se numa verdadeira mercantilização da velhice. A dimensão religiosa passou a ser considerada também como uma dimensão de saúde e, portanto, pode ser utilizada como mais um dos serviços oferecidos pelas ILPIs. Dessa forma, é significativo compreender que relações estabelecem. Esta tese é uma interpretação das circunstâncias em que esses fenômenos ocorrem. |