Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Renan Salgado
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Orientador(a): |
Nascimento, Jorge Willian Leandro
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Banca de defesa: |
Machado, Hussen
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Silvério, Marcelo Silva
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1527
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Resumo: |
Arctigenina é uma lignana isolada da Arctium lappa L., planta esta, pertencente a família Asteraceae que é amplamente utilizada na Medicina Tradicional Chinesa. Publicações citam inúmeras atividades farmacológicas do extrato bruto dessa planta e também da substância arctigenina, como a atividade anti-inflamatória, hepatoprotetora, hipoglicemiante, antitumoral, antimicrobiana, mas, estudos detalhados da atividade hepatoprotetora ainda não foram amplamente desenvolvidos. Portanto, o objetivo deste estudo foi o isolamento, a obtenção e identificação da arctigenina a partir dos frutos da Arctium lappa L., para avaliar a atividade citotóxica in vitro frente à cultura de células de carcinoma hepático (HepG- 2) e tambén avaliar os efeitos dessa substância isolada em lesão hepática por Ligação do Ducto Biliar (BDL). O extrato clorofórmico bruto da Arctium lappa L. foi obtido por soxhlet. Para isolar as substâncias, foi realizada coluna a vácuo e observou grande quantidade de arctiina, uma precursora da arctigenina. Para obter a arctigenina, foi necessário realizar uma hidrólise para retirada da molécula de glicose presente na arctiina. A mesma foi identificada por RMN de 1H e 13C obtendo excelente grau de pureza e adicionalmente também foi realizado um perfil cromatográfico por CLAE. Nos experimentos in vitro, a arctigenina diminuiu a viabilidade celular no teste por MTT e azul de Tripan sobre células HepG-2 e não causou citotoxicidade sobre células NIH/3T3. O teste de adesão por fornecimento de colágeno tipo I sobre HepG-2 também foi realizado para observar os mecanismos que envolvem a atividade antitumoral da arctigenina. Nos experimentos in vivo foram realizadas cirurgias de BDL em ratos Wistar, com n= 6 e grupos divididos em: sham controle, sham arctigenina, BDL controle, BDL arctigenina e BDL silimarina. O tratamento dos animais foi feitos por 48 horas e após esse período, eutanasiados e o sangue e fígado foram coletados para realizar avaliações bioquímicas séricas (AST, ALT, FA e TNF-α) e também avaliação tissular (MPO). A metodologia de extração, isolamento e obtenção da arctigenina desenvolvida foi eficaz, diminuiu gastos com solventes e com o tempo para se obter as susbstâncias. Os parâmetros de confiança analisados por CLAE demonstraram que o método analítico desenvolvido foi específico e reprodutível, o que contribui para estudos em controle de qualidade e ensaios bioanalíticos. A arctigenina demonstrou atividade citotóxica e antiadesão, sendo a atividade dose dependente para células HepG-2, com IC 50 de 90,8 μM. Nenhuma atividade sobre células NIH/3T3, o que demonstrou ação específica sobre a células HepG-2. Resultados do estudo in vivo de 48 horas não apresentaram resultados significantes quando comprados aos grupos controle e controle positivo, entretanto, levantamentos bibliográficos mostram que a arctigenina é uma substância promissora e estudos de hepatoproteção por períodos maiores complementariam a elucidação de sua atividade. |