Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Patricia Guedes
|
Orientador(a): |
Chebli, Júlio Maria Fonseca
|
Banca de defesa: |
Pace, Fábio Heleno de Lima
,
Barbosa, Kátia Valéria Bastos Dias
,
Chebli, Liliana Andrade
,
Costa, Paulo Sérgio Gonçalves da
|
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
|
Departamento: |
Faculdade de Medicina
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6894
|
Resumo: |
Introdução: A doença inflamatória intestinal (DII) é um grupo de doenças caracterizado por inflamação de natureza crônica e etiologia multifatorial, constituído principalmente pela doença de Crohn e pela retocolite ulcerativa. Tais doenças comprometem preferencialmente indivíduos jovens em fase produtiva, tem curso flutuante com fases de remissão e atividade, e frequentemente apresentam comportamento clínico agressivo, com impacto na qualidade de vida. O Clostridium difficile é um bastonete gram positivo, produtor de esporos, ubíquo na natureza e representa causa importante de diarreia associada ao uso de antimicrobianos, através da produção das toxinas A e B. A literatura tem relatado maior ocorrência da infecção por C. difficile (ICD) em pacientes com DII, o que aumenta o risco de recorrência da DII e pior evolução. Objetivo: Avaliar a prevalência, os aspectos epidemiológicos, os fatores associados e a evolução clínica da infecção por C. difficile em pacientes ambulatoriais com DII. Métodos: Neste estudo prospectivo longitudinal, realizado entre outubro de 2013 a julho de 2016, com 120 pacientes com DII (55% apresentando colite) e 40 controles não-DII foram avaliados para ICD, através de análise de amostras fecais para pesquisa de toxinas do C. difficile, através do teste de ELISA. Foi avaliado fatores de riscos associados a ICD. A regressão multivariada foi realizada para identificar preditores de ICD. Resultados: A proporção de pacientes com ICD foi significativamente maior em pacientes com DII em atividade que DII em remissão (28,8% vs. 5,6% vs. 0%, respectivamente, p = 0,001). Feminino (OR = 1,39, IC 95%, 1,13-17,18), idade mais jovem (OR = 0,77, IC 95%, 0,65-0,92), tratamento com esteróides (OR = 7,42, IC 95%, 5,17-40,20) e terapia com infliximabe (OR = 2,97, IC 95%, 1,99-24,63) foram independentemente associados com ICD. Houve aumento nas probabilidades de ter ICD em pacientes com prednisona. Conclusões: A ICD é uma condição altamente concorrente em pacientes com DII apresentando exacerbação de colite a nível ambulatorial. O sexo feminino, a idade mais jovem, a terapia com infliximabe e o uso de esteróides foram associados de forma independente à co-ocorrência de ICD. A maioria dos pacientes com ICD apresentaram doença leve a moderada e o tratamento com vancomicina foi muito efetivo, parecendo reduzir o risco de complicações graves relacionadas à ICD. |