Educação permanente e suas interfaces com as condições sensíveis à atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Charlene Ester Machado lattes
Orientador(a): Friedrich, Denise Barbosa de Castro lattes
Banca de defesa: Silva, Kênia Lara lattes, Farah, Beatriz Francisco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3178
Resumo: Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa que empregou como referencial teórico-metodológico a hermenêutica dialética. Teve como objetivo geral analisar o processo de Educação Permanente realizado pelos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde e suas interfaces com as Condições Sensíveis à Atenção Primária. A Atenção Primária à Saúde tem papel fundamental na ordenação das redes de atenção, na gestão e coordenação do cuidado ao usuário, buscando a resolubilidade de suas ações. Esta pode estar comprometida quando não há um atendimento eficiente às condições consideradas sensíveis à atenção primária. Entre os fatores envolvidos, a educação permanente vem como uma ferramenta para auxiliar os profissionais no manejo dessas condições e o enfermeiro está inserido nesse contexto como profissional atuante no que diz respeito à prestação da assistência, à gestão e ao desenvolvimento da Educação Permanente junto a sua equipe. Participaram da pesquisa 14 enfermeiros atuantes na Atenção Primária no município de Juiz de Fora - MG. Os dados encontrados foram analisados a partir de duas categorias: 1ª) Assistência na Atenção Primária à Saúde e Internações Hospitalares; 2ª) Educação: ferramenta para lidar com as Condições Sensíveis à Atenção Primária. Os resultados apontaram que a maior causa de internações na área de abrangência dos enfermeiros está relacionada a doenças crônicas que figuram entre as Condições Sensíveis à Atenção Primária e que, grande parte delas, poderia ser evitada. Os enfermeiros reconhecem o processo de educação permanente como ferramenta para interferir nas ocorrências dessas hospitalizações, porém as práticas realizadas por eles se aproximam mais da educação continuada com a atualização de técnicas e repasse de informações e não há um espaço específico para realização da Educação Permanente. Assim, a associação entre Condições Sensíveis à Atenção Primária e Educação Permanente ainda é muito frágil. A Educação Permanente, apesar de ser considerada ferramenta importante para apoiar os profissionais no atendimento e manejo das Condições Sensíveis à Atenção Primária, ainda não apresenta grande impacto em relação a essas condições.