Conversas com professoras: desinvisibilizando as artes de fazer educação do campo na escola pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ribeiro, Simone da Silva lattes
Orientador(a): Marques, Luciana Pacheco lattes
Banca de defesa: Hage, Salomão Antônio Mufarrej lattes, Carvalho, Janete Magalhães lattes, Pinto, Vicente Paulo dos Santos lattes, Santos, Ilka Schapper lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1949
Resumo: Esta tese nasce da minha prática enquanto assessora junto a agricultores e agricultoras familiares e da minha participação nas discussões sobre Educação do Campo na Zona da Mata de Minas Gerais e se consolida com o debate teórico e metodológico que acompanhei, não apenas no campo da Educação do Campo, mas também no campo epistemológico. O caminhar da pesquisa se configurou como uma viagem que, ao refletir sobre o processo de construção da Educação do Campo (ARROYO, 1999, 2008; CALDART, 2000, 2004; JESUS, 2006; HAGE, 2010), sobretudo nas escolas públicas do campo, possibilitou a reflexão e a desinvisibilização (SANTOS, 2006) das artes de fazer (CERTEAU, 1994) de professoras a partir de conversas sobre suas práticas e conhecimentos. Para dar conta desta investida optei por seguir os indícios (GINZBURB, 1987) das/nas histórias que ouvi nas rodas de conversa com professoras que atuam em escolas do campo no município de Miradouro-MG, traduzidos em narrativas que trago ao longo do texto. Este processo evidenciou os movimentos astuciosos das práticas, suas maneiras de utilizar os produtos impostos (CERTEAU, 1994, 2005) e explicitou a presença de outras racionalidades e outros conhecimentos que coabitam este mundo onde somos seres inconclusos (FREIRE, 2001), na busca constante por sermos mais. Esta caminhada apontou a necessidade de compreender as ações cotidianas da escola como práticas criativas, dando a elas a visibilidade que foge a uma lógica racionalizante, que vê a escola apenas como um espaço de rotina pedagógica, trazendo a compreensão de que infinitos caminhos têm sido trilhados, dando um sentido muito mais amplo às funções escolares.