Avaliação fitotóxica e citogenotóxica do extrato aquoso bruto de Mimosa Caesalpiniifolia Benth. no biomodelo vegetal Lactuca sativa L.
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00289 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14955 |
Resumo: | A alelopatia é um fenômeno natural que envolve a liberação de compostos químicos que podem apresentar ação inibidora ou estimuladora em outros organismos. A espécie Mimosa caesalpiniifolia Benth é considerada invasora e com potencial alelopático, assim, esse trabalho teve por objetivo realizar um estudo sobre a ação do extrato aquoso dessa espécie, em diferentes concentrações, na germinação e no ciclo celular do biomodelo vegetal Lactuca sativa. A partir do extrato bruto, ao qual utilizouse 300g folhas frescas de M. caesalpiniifolia em um litro de água destilada, foram preparadas as concentrações 25%, 50%, 75% e 100%. Para cada tratamento havia três placas de Petri com 100 sementes de alface que foram estabelecidas em DIC, além do controle negativo, contendo água. A cada 24h, por 72h, as sementes foram avaliadas em relação ao percentual de germinação e, após 72h de análise, as sementes germinadas tiveram o comprimento das suas radículas mensurados. Além disso, foram analisadas a progressão do ciclo celular, indícios de morte e aberrações cromossômicas. Realizaram-se análises bioquímicas do extrato liofilizado e das sementes de alface no período 72h (enzimas SOD, POD, PPO e CAT). Após as primeiras 24h houve queda na taxa de germinação, sendo que, no período 72h, quase todos os tratamentos igualaram-se ao controle, exceto o tratamento 100% que manteve menor taxa em relação ao controle. A análise do comprimento radicular indicou que, após 72h, este foi menor que o controle em todos os tratamentos e que todas as concentrações dos extratos de M. caesalpiniifolia induziram a diminuição do índice mitótico nos meristemas radiculares de L. sativa, além de aumentar o índice de alterações cromossômicas nos meristemas radiculares. A taxa de micronúcleos apresentou diferença em relação ao controle apenas na concentração de 100% à 72h de exposição, enquanto que a taxa de morte celular teve um crescimento com o aumento das concentrações dos extratos, havendo diferença nas concentrações de 50% a 100%. Extratos entre 50% -100% induziram um maior índice de mortes celulares. A presença de precipitado esbranguiçado indicou a complexação taninogelatina nas amostras e, consequentemente, presença de taninos condensados. Não houve diferença estatística entre os teores de fenóis encontrados. Na avaliação da atividade antioxidante pela redução do radical DPPH, os resultados não demonstraram diferença estatística. Não houve diferença significativa para superoxidase dismutase. Para polifenol oxidade, houve diferença entre o controle e os demais tratamentos que não tiveram diferença entre si. Para catalase, não houve diferença significativa entre o grupo controle e o tratamento com 25%, mas houve diferença entre o controle e o tratamento com 25% em relação aos tratamentos 50%, 75% e 100% que não tiveram diferença entre si. Na atividade enzimática da peroxidase, houve diferença significativa entre o grupo controle, o tratamento 25% e 50% e os tratamentos 50%, 75% e 100%. Assim, conclui-se que o extrato aquoso de Mimosa caesalpiniifolia possui atividade fitogenotóxica sobre as sementes de alface e retardando a germinação e comprometendo o desenvolvimento radicular, causando danos ao DNA que podem levar a morte das células. |