Resposta hemodinâmica durante exercício físico isométrico em tabagistas fisicamente ativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gavioli, Fabiane Santos lattes
Orientador(a): Martinez, Daniel Godoy lattes
Banca de defesa: Trombetta, Ivani Credidio lattes, Lima, Jorge Roberto Perrout de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7889
Resumo: INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, muitas vezes em decorrência de comprometimentos cardiovasculares. Isso porque o tabagismo é capaz de alterar o equilíbrio hemodinâmico além de provocar disfunção endotelial. Entretanto, sabe-se que a prática regular de exercício físico é uma estratégia potencial que pode reduzir os efeitos nocivos provocados pelo tabagismo. OBJETIVOS: Comparar a resposta hemodinâmica e o controle metaborreflexo da pressão arterial durante exercício físico isométrico entre indivíduos tabagistas sedentários (TS), tabagistas ativos (TA) e não tabagistas sedentários (NTS). METODOLOGIA: Estudo observacional, transversal, onde uma amostra de conveniência foi composta selecionando homens TA, TS e NTS. Inicialmente, variáveis hemodinâmicas de repouso foram coletadas por 10 minutos utilizando o Biopac e o método de Fotopletismografia Infravermelha Digital (Finometer Pro). Em seguida, os voluntários foram submetidos a 3 minutos de coleta basal, seguidos de 3 minutos de exercício físico isométrico de preensão manual, com dinamômetro de preensão palmar a 30% da contração voluntária máxima, e 2 minutos de oclusão circulatória. Durante o protocolo experimental, a frequência cardíaca (FC) e a pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) foram mensuradas por meio do método oscilométrico (DIXTAL® 2022) e o fluxo sanguíneo muscular (FSM) pela técnica de plestimografia de oclusão venosa (Hokanson®). A condutância vascular do antebraço (CVA) foi calculada por meio da divisão do fluxo sanguíneo muscular do antebraço pela pressão arterial média e multiplicada por 100. Os dados são apresentados como média ± erro-padrão da média. Para análise estatística foram feitos os testes Shapiro-Wilk , Test t de Student, ANOVA one-way e ANOVA two-way seguidos do post hoc de Bonferroni. Foi considerado como diferença significativa P<0,05 e todas as análises foram feitas utilizando o programa SPSS versão 22.0. RESULTADOS: Foram avaliados 15 TS (28±2 anos), 7 TA (24±2 anos) e 16 NTS (26±2 anos), pareados por idade e índice de massa corporal. Durante o exercício físico a PAS, PAD e PAM aumentaram de forma semelhante entre os grupos TS, TA e NTS (PAS - tempo: P<0,001, grupo: P=0,92; PAD - tempo: P<0,001, grupo: P=0,65; PAM - tempo: P<0,001, grupo: P=0,77). O mesmo ocorreu para FSM e CVA (FSM - tempo: P<0,001, grupo: P=0,91; CVA - tempo: P<0,02, grupo: P=0,92). Já a FC aumentou em todos os grupos (tempo - TS: P<0,001; TA: P<0,001; NTS: P<0,001), porém o grupo TA apresentou valores inferiores durante todo o exercício físico em comparação ao grupo NTS (grupo: P=0,02). Durante estímulo metaborreflexo, PAS e PAD apresentaram valores elevados em relação ao basal de forma semelhante em todos os grupos (PAS - tempo: P<0,001, grupo: P=0,88; PAD - tempo: P<0,001, grupo: P=0,30). CONCLUSÃO: Indivíduos tabagistas apresentam resposta hemodinâmica e metaborreflexa preservadas durante a realização de exercício físico isométrico. Além disso, TAs apresentam menores valores de FC durante o exercício físico isométrico quando comparados a NTSs.