Tendência temporal das internações hospitalares por doença inflamatória pélvica no Brasil e grandes regiões
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00006 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12398 |
Resumo: | A doença inflamatória pélvica (DIP) é um processo inflamatório que afeta as estruturas do trato genital superior tais como: útero, tubas uterinas, ovários e estruturas anexas, provocando endometrite, salpingite, ooforite, abscesso do tubo ovárico, e peritonite. Tal grupo de doenças atinge as mulheres em todo o mundo, trazendo sérias consequências para a saúde, gastos com tratamentos e hospitalizações. A DIP é considerada uma das principais causas de infertilidade tubal e fator de risco para a gravidez ectópica. A DIP geralmente é consequência de infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. Os principais fatores de risco são: múltiplos parceiros sexuais, história prévia de DIP e infecções sexualmente transmissíveis (IST), imunossupressão e endometriose. Considerando que no Brasil a porta de entrada para o sistema de saúde é a atenção primária, as características da DIP se enquadram como uma condição sensível a esse nível de atenção. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal das internações hospitalares por doença inflamatória pélvica em mulheres no Brasil e nas grandes regiões. Estudo ecológico longitudinal, cujo público alvo foi mulheres com idade de 10 anos e mais que tiveram internação hospitalar registrada no Sistema de Informações Hospitalares do SUS–SIH/SUS no Brasil no período de 2000 a 2019. Utilizou-se o programa Excel para computar as taxas de internações padronizadas. Num segundo momento, o programa estatístico Joinpoint foi utilizado para estimar os modelos de regressão segmentada. Este modelo de regressão permitiu estimar a variação anual média para o período do estudo e os pontos (anos) de modificação da tendência. As maiores taxas foram registradas na região Norte e Nordeste. Os resultados encontrados denotaram tendência geral de queda das internações em quase todas as faixas etárias e em todas as regiões. A faixa etária de 10 a 19 anos foi a única que apresentou aumento significativo nas regiões Sudeste no período de 2008 a 2019 e na região Nordeste no período de 2014 a 2019. A análise dos modelos joinpoint denota que a taxa de internação por DIP no Brasil como um todo teve uma redução média de 5,2% ao ano durante o período de 2000 a 2019. A região Centro-Oeste teve a maior redução média anual (8,1%), seguida das regiões Nordeste (5,7%), Sudeste (5,0%), Norte (4,6%) e Sul (4,3%). As faixas etárias com maior redução no período foram de 60 a 69 anos no Brasil, no Nordeste e no Sudeste, de 50 a 59 anos no Norte, de 80 anos e mais no Sul e de 20 a 29 anos no Centro-Oeste. A redução de internação por DIP provavelmente está atrelada ao aumento do acesso à atenção primária no período estudado. Destacamos também, a necessidade de ampliar as políticas públicas voltadas para a saúde da mulher, principalmente na faixa etária de 10 a 19 anos. Neste contexto insere-se também a criação de programas de prevenção e conscientização sobre a DIP, assim como as consequências de comportamento de risco para as IST. |