Ser mulher, “uma missão”: a escola superior de ciências domésticas, domesticidade, discurso e representações de gênero (1948-1992)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Simão, Fabio Luiz Rigueira lattes
Orientador(a): Lobo, Valéria Marques lattes
Banca de defesa: Fontana, Mónica Graciela Zoppi lattes, Sousa, Júnia Marise Matos de lattes, Ionta, Marilda Aparecida lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2204
Resumo: Neste trabalho, estudamos a criação e a trajetória da Escola Superior de Ciências Domésticas (ESCD) e da construção de um ideal de mulher e de domesticidade difundido por propostas oficiais da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais nos anos 1940. O curso foi criado a partir da cooperação internancional com os EUA sob o objetivo de formar economistas domésticas com habilidades para levar as comunidades rurais do Estado de Minas Gerais um conjunto de hábitos e valores que organizassem a vida intra e interfamiliar. Os programas analíticos das disciplinas, jornais, revistas, periódicos estudantis, anais da Semana Feminina, evento que precede a própria criação da ESCD, entre outras fontes compõem a base documental a partir da qual estudamos os discursos e as representações construídas a propósito do curso e da mulher. Cruzamos fontes oficiais com revistas, juízos filosóficos e entrevistas para compreender como as personagens que assimilaram aqueles valores, agora a partir da esfera acadêmica (espaço antes reservado aos homens exclusivamente) conquistaram um espaço a principio inóspito a sua presença e como a própria Escola se transformou no movimento de sua expansão e da consolidação do campo acadêmico que peretrava. Esse paradoxo nos permite compreender melhor a complexa dimensão de projeto e de processo em torno do qual a história do curso de economia doméstica insere-se, percebendo o papel das estudantes, cuja ação construiu identidades e subjetividades muito próprias.