A produção de conhecimento no podcast jornalístico Como começar do Nexo Jornal
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00085 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14078 |
Resumo: | Esta pesquisa investiga o jornalismo defendendo que ele é uma forma de conhecimento. Isto é, que produz um tipo específico de conhecimento que se localiza entre o conhecimento produzido pelas ciências e o conhecimento do senso comum. Apresenta-se um resgate histórico das pesquisas sobre o tema, a partir do pioneiro ensaio de Robert Ezra Park de 1940, bem como de trabalhos desenvolvidos no Brasil por Adelmo Genro Filho (1987), Eduardo Meditsch (2001; 2002; 2003), Alfredo Vizeu (2014) e Laerte Cerqueira (2018) e a mais recente análise da questão feita por Rasmus Nielsen (2021), que retoma o ensaio de Park. Pesquisa-se o jornalismo sonoro em formato podcast. Esta mídia surgiu nos Estados Unidos em 2004 e, apesar de, neste mesmo ano, já existirem produções no Brasil, o mercado nacional avança, notadamente, após 2018, com a criação de variados programas jornalísticos. A partir da concepção de ―rádio expandido‖, proposta por Marcelo Kischinhevsky (2016), abordam-se o surgimento e o desenvolvimento da mídia, apresentando as suas principais características definidoras. Da mesma forma, são discutidas questões referentes à própria produção sonora, ou seja, o uso do som como base para o conteúdo. Com a análise, verifica-se que o próprio som forma um conteúdo narrativo. O objeto empírico de pesquisa é a série de literatura infantil Como começar a ler para crianças, integrante do podcast de cultura Como começar, do Nexo Jornal, e veiculada em 2019. A forma e o conteúdo de três dos oito episódios da série são analisados por meio de duas metodologias: análise de conteúdo (BARDIN, 1977) e análise dos elementos sonoros palavra, música, silêncio e efeitos sonoros que compõem a linguagem radiofônica (BALSEBRE, 2005) para investigar como a narrativa jornalística produziu (ou ainda, estimulou a produção) de conhecimentos. Além disso, a partir das três categorias, propostas por Teun van Dijk (2005): conhecimento pessoal, conhecimento social/grupal e conhecimento cultural, identifica-se o tipo de conhecimento gerado. Conclui-se que uma produção jornalística é criada a partir da pressuposição de que existe um conhecimento geral que é culturalmente compartilhado. A partir disso, conhecimentos específicos, como o pessoal e o grupal, estão presentes na narrativa, que vai estimular a produção de outro tipo de conhecimento cultural, desta vez, um pouco mais específico do que o geral, que originou a própria produção. |