Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Lima, Vitória Polato de
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Orientador(a): |
Sampaio, Danilo de Oliveira
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Banca de defesa: |
Pinto, Cíntia Loos
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Fagundes, André Francisco Alcântara
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Administração
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Departamento: |
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18142
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Resumo: |
Estudos recentes apontam para o impacto significativo da indústria têxtil no meio ambiente, responsável por aproximadamente 10% das emissões globais de CO² e pelo uso intensivo de água. A produção crescente de têxteis, projetada para alcançar 102 milhões de toneladas até 2030, agrava a poluição e o descarte inadequado, tornando práticas de consumo “verde”, como redução e reciclagem, fundamentais para mitigar esses efeitos. No entanto, persiste uma lacuna entre a intenção de consumir de forma sustentável e a adoção efetiva desse comportamento, em grande parte devido aos custos de produtos eco-friendly e à falta de informação. À luz da Teoria do Comportamento Planejado (TCP), este estudo analisou a aplicabilidade de um questionário português em uma amostra brasileira, investigando a intenção de consumo sustentável de moda com base nas Análise Fatorial Exploratória (AFE), Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e Regressão. A AFE revelou uma nova estrutura fatorial com semelhanças e diferenças em relação ao modelo original de Frasco (2020). A AFC, por sua vez, apontou que o modelo de oito fatores proposto inicialmente, não se adequa plenamente à amostra nacional. Por meio da Regressão verificou-se que características sociodemográficas predizem parcialmente a intenção de consumo sustentável, embora o modelo apresente ajuste moderado e não capture todas as facetas desse comportamento. Os achados evidenciam tanto pontos de convergência quanto divergência entre os dois contextos, reforçando a relevância de adaptações locais. Sob o prisma acadêmico, o estudo contribui para o amadurecimento da discussão sobre o hiato entre atitude e comportamento, ao demonstrar como aspectos culturais podem modificar estruturas fatoriais e, portanto, a eficácia de instrumentos de medição em diferentes realidades. Em síntese, os resultados indicam a necessidade de revisar e adaptar o questionário original ao cenário brasileiro, o que leva a uma compreensão mais apurada das peculiaridades locais na formação da intenção “verde”. Além disso, fornecem subsídios tanto para pesquisas futuras sobre consumo sustentável no setor de moda, quanto para o desenvolvimento de políticas e estratégias de conscientização ambiental direcionadas a públicos específicos. |